Pleno.News - 29/06/2023 11h20 | atualizado em 29/06/2023 13h00

A ministra Cármen Lúcia interrompeu o ministro Raul Araújo durante a leitura do seu voto sobre a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e o questionou sobre a centralidade da chamada minuta do golpe na ação contra Bolsonaro.

– Não me pareceu que no voto do ministro relator houvesse nenhuma referência a que este documento, nem de autoria nem de responsabilidade do primeiro investigado [Bolsonaro]. Eu, no meu voto, nem uso este dado – afirmou.

Em seguida, o presidente da Corte, Alexandre de Moraes, reforçou:

– O longo voto do relator se baseia na reunião. O fato de ter juntado a minuta golpista em nada afetou – disse.

Moraes deu então a palavra ao relator, Benedito Gonçalves, para que ele esclarecesse a questão.

– Não se está apurando aqui a minuta. Foi um reflexo da conclusão, dos efeitos do discurso do efeito da reunião que se apura, no tocante à inverdade das urnas eletrônicas – afirmou Gonçalves.

Araújo deu ênfase em seu voto ao fato de que Bolsonaro não tem responsabilidade sobre a minuta, encontrada na casa do ex-ministro Anderson Torres.

– O fato de o ex-ministro da Justiça ser subordinado ao presidente da República não torna este responsável por atos praticados por aquele – disse Araújo, que votou a favor do ex-presidente.

Confira o momento:

⚖️ JULGT TSE BOLSONARO: Ministra Carmen Lúcia pede esclarecimentos sobre a negativa do Ministro Raul em relacionar a minuta com a reunião. Diz que não pareceu para ela que no voto do relator tenha ocorrido essa relação O Relator nega que tenha relacionado. Ministro… pic.twitter.com/3MfZUVSWTf

— SPACE LIBERDADE (@SpaceLiberdade) June 29, 2023

*AE

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