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TRF-1 manda soltar suspeita de hackear procuradores

Suelen Priscila de Oliveira aguardará em liberdade o desenrolar do inquérito conduzido pela PF

Ana Luiza Menezes - 02/10/2019 20h50 | atualizado em 02/10/2019 21h10

Tribunal manda soltar suspeita de hackear procuradores da Lava Jato Foto: Agência O Globo/Daniel Marenco

A Quarta Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) mandou soltar nesta quarta-feira (2) Suelen Priscila de Oliveira, de 25 anos. A jovem é suspeita de hackear autoridades públicas, entre elas procuradores da Operação Lava Jato.

Um habeas corpus foi concedido a pedido da defesa de Suelen. O presidente da Turma, desembargador Cândido Ribeiro, determinou a expedição do alvará de soltura nesta quarta. Ela aguardará em liberdade o desenrolar do inquérito conduzido pela Polícia Federal.

O TRF-1 negou habeas corpus ao namorado de Suelen, Gustavo Henrique Elias Santos, de 28 anos. Suelen, Gustavo e mais duas pessoas foram presas em 23 de julho na primeira fase da Operação Spoofing.

Eles são suspeitos de invadir o aplicativo Telegram de autoridades, incluindo o ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sergio Moro. No mês passado, mais dois suspeitos foram presos. Suelen é a primeira entre os investigados a conseguir libertação. Pedidos anteriores foram negados pela primeira instância.

Também preso na operação da PF, Walter Delgatti Neto confessou ter capturado diálogos de autoridades no aplicativo e enviado o conteúdo ao jornalista Glenn Greenwald, do site The Intercept Brasil.

As mensagens obtidas pelo Intercept e divulgadas pelo site e por outros órgãos de imprensa expuseram a proximidade entre Moro e os procuradores da Lava Jato e colocaram em dúvida a imparcialidade como juiz do atual ministro da Justiça no julgamento dos processos da operação.

Quando as primeiras mensagens vieram à tona, em 9 de junho, o Intercept informou que obteve o material de uma fonte anônima, que pediu sigilo. O pacote inclui mensagens privadas e de grupos da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, no aplicativo Telegram, a partir de 2014.

Em resumo, no contato com os procuradores, Moro indicou testemunha que poderia colaborar para a apuração sobre o ex-presidente Lula, orientou a inclusão de prova contra um réu em denúncia que já havia sido oferecida pelo Ministério Público Federal, sugeriu alterar a ordem de fases da operação Lava Jato e antecipou ao menos uma decisão judicial.

Nas mensagens, Moro ainda sugeriu recusar a delação do ex-deputado Eduardo Cunha (MDB) e se posicionou contra investigar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Segundo o Código de Processo Penal, “o juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado por qualquer das partes” se “tiver aconselhado qualquer das partes”. A lei afirma ainda que sentenças proferidas por juízes suspeitos podem ser anuladas.

*Folhapress

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