Leia também:
X Funcionária é demitida após barrar alunos em shopping

‘Temer está preso por crimes praticados ao longo da vida’

MPF apontou que ex-presidente chefiou quadrilha que recebeu mais de R$ 1,8 bilhão de propina

Henrique Gimenes - 21/03/2019 19h21 | atualizado em 21/03/2019 19h42

Ex-presidente Michel Temer Foto: PR/Marcos Corrêa

Nesta quinta-feira (21), o Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro informou que o grupo criminoso chefiado pelo ex-presidente Michel Temer recebeu mais de R$ 1,8 bilhão em propina. A afirmação foi feita pelo procurador da República Eduardo El Hage durante entrevista coletiva sobre a prisão de Temer e do ex-ministro Moreira Franco.

– Essa foi a soma de valores que a organização criminosa teria desviado. (…) Esse valor é firmado e colocado na peça para mostrar o quão perigosa é a organização criminosa – apontou.

De acordo com o procurador, com tudo o que foi apurado, o “estranho seria se Temer não fosse preso”.

– A prisão dele é decorrência lógica de todos os crimes que ele praticou durante uma vida inteira, pertencendo a uma organização criminosa muito sofisticada – destacou.

O ex-presidente foi preso em São Paulo na manhã desta quinta após decisão do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. Ele é suspeito de ter recebido R$ 1,1 milhão de um contrato da Eletronuclear, responsável pela construção da usina Angra 3. De acordo com El Hage, Temer praticou corrupção dentro do Palácio do Jaburu.

– Não é por se tratar de um homem branco e rico que devemos ser lenientes com a corrupção. Ele praticou dentro do Palácio do Jaburu ocupando o cargo mais alto da República. Praticou os crimes mais graves da Legislação Penal – explicou.

A entrevista coletiva aconteceu na sede da PF no Rio de Janeiro.

Leia também1 Michel Temer ficará preso em sala da PF no Rio de Janeiro
2 Bolsonaro sobre Temer: "Justiça nasceu para todos"

Siga-nos nas nossas redes!
WhatsApp
Entre e receba as notícias do dia
Entrar no Canal
Telegram Entre e receba as notícias do dia Entrar no Grupo
O autor da mensagem, e não o Pleno.News, é o responsável pelo comentário.