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Temer envia carta a Dodge sobre seu nome em inquérito

No texto, presidente diz respeitar posição da PGR e encaminha manifestações sobre investigações de presidentes

Henrique Gimenes - 08/03/2018 17h15 | atualizado em 08/03/2018 17h41

Presidente Michel Temer envia carta a Raquel Dodge sobre inclusão de seu nome em inquérito no STF Foto: Beto Barata/PR

Nesta quinta-feira (8), o presidente Michel Temer enviou uma carta à procuradora-geral da República, Raquel Dodge. No texto, Temer comenta sobre o pedido feito pela procuradora para a inclusão de seu nome em um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF).

Na sexta-feira (2), o ministro Edson Fachin autorizou a inclusão do nome do presidente em um novo inquérito da Odebrecht. A investigação apura se a empreiteira pagou R$ 10 milhões em propina para que seus interesses fossem atendidos na Secretaria de Aviação Civil. O pedido foi feito pela PGR.

Na carta, Temer deixa claro que encaminha “por mero interesse acadêmico” uma cópia de um parecer, do professor Ives Gandra da Silva Martins, sobre a possibilidade de investigação de presidentes por atos antes do seu mandato.

O ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, havia excluído o nome de Temer do inquérito, que faz parte da operação Lava Jato, por considerar que o presidente não poderia ser investigado por crimes cometidos antes de seu mandato.

Ao fazer o pedido, Raquel Dodge, no entanto, teve outro entendimento. Para ela, a “apuração dos fatos em relação ao presidente da República não afronta a Constituição”. No texto, o presidente Michel Temer ainda anexou manifestações passadas de ministros do Supremo sobre o tema, mas disse respeitar o pedido da PGR.

– Reitero que o objetivo é meramente acadêmico já que não me insurgirei contra o despacho dado pelo ministro Fachin acolhendo sua postulação. E de logo registro que respeito e respeitarei sempre as suas manifestações, já que, tenho absoluta certeza, são guiadas pela sua convicção jurídica – escreveu.

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