Temer diz que não venderá a Embraer em seu governo
Declaração acontece após notícia de que a Boeing estaria interessada em uma fusão com a empresa brasileira
Henrique Gimenes - 21/12/2017 22h01 | atualizado em 22/12/2017 08h04
Após ser informado sobre a intenção da empresa americana Boeing de se unir com a brasileira Embraer, o presidente Michel Temer afirmou, nesta quinta-feira (21), que a empresa nunca será vendida em seu governo. A informação foi dada pelo jornal Folha de S. Paulo.
Nesta quinta, o jornal Wall Street Journal publicou uma matéria informando que fabricante de aeronaves Boeing estaria negociando uma possível fusão com Embraer, sua concorrente. A intenção da empresa americana seria a de fazer frente a uma união entre outras duas rivais, a europeia Airbus e a canadense Bombardier.
A informação sobre a negociação foi transmitida em uma reunião no Palácio do Planalto com a presença do ministro da Defesa, Raul Jungmann, do comandante da Aeronáutica, brigadeiro Nivaldo Rossatto.
Em uma nota conjunta, as empresas confirmaram que se reuniram, mas que não havia “garantia de que qualquer transação resultará dessas discussões”. As empresas informaram ainda “qualquer transação estará sujeita à aprovação do governo brasileiro e dos órgãos reguladores, dos conselhos de administração das duas companhias e dos acionistas da Embraer”.
Apesar de ter sido privatizada em 1994, o governo brasileiro possui uma ação especial com poder de veto sobre decisões estratégicas da Embraer, chamada de “golden share”.
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