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Tebet usou ‘fragilidade do sexo como escudo’, acusa general

Senadora foi chamada de "descontrolada" por ministro da CGU

Gabriela Doria - 23/09/2021 11h20 | atualizado em 23/09/2021 11h51

General da reserva Paulo Chagas é conhecido pelas declarações polêmicas Foto: Reprodução

O general da reserva Paulo Chagas deu continuidade à polêmica que surgiu após a senadora Simone Tebet (MDB-MS) ser chamada de “descontrolada” pelo ministro da Controladoria-Geral da União, Wagner Rosário, na ocasião do seu depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid-19.

Em seu Twitter, o militar criticou a postura de Tebet, que, segundo ele, usou a “fragilidade do sexo como escudo para ousadias”.

– Prezada e admirável senadora Simone Tebet, líder feminina do Congresso Nacional, a senhora e as suas lideradas deveriam saber que quem diz o que quer, na forma e no conteúdo, ouve, da mesma maneira, o que não quer! Pense nisso antes de usar a fragilidade do sexo como escudo para as suas ousadias! – escreveu.

Chagas ainda rebateu as acusações de que Rosário teria agido de forma machista com a senadora.

– Sentir-se ofendido por desequilíbrios emocionais não é privilégio relacionado ao sexo, seja ele frágil ou forte! – opinou.

WAGNER ROSÁRIO CHAMA TEBET DE ‘DESCONTROLADA’
A sessão da CPI da Covid-19 de terça-feira (21) foi suspensa após tumulto causado por um atrito entre o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, e a senadora Simone Tebet. Durante o desentendimento, a parlamentar disse que o CGU estaria se comportando como um “menino mimado”, e, em seguida, foi acusada por ele de estar “descontrolada”.

A confusão cresceu quando outros senadores decidiram sair em defesa de Tebet. Ao fim da sessão, o relator do colegiado, Renan Calheiros (MDB), anunciou que o ministro passou da condição de testemunha para a de investigado pela CPI.

As farpas começaram quando Tebet criticou a postura do ministro em relação ao presidente Jair Bolsonaro, sugerindo que Rosário estaria atuando em favor do chefe do Executivo no caso Covaxin. A parlamentar afirmou que “a CGU não foi criada para ser órgão de defesa de ninguém” e que “temos um controlador que passa pano, deixa as coisas acontecerem”.

Em resposta, Rosário acusou a senadora de falar uma “série de inverdades”.

– Bem, senadora, com todo o respeito à senhora, eu recomendo que a senhora lesse tudo de novo porque a senhora falou uma série de inverdades aqui.

A fala não agradou Tebet, que retrucou:

– Não faça isso. O senhor pode dizer que eu falei inverdades, mas não me peça para fazer algo, porque eu sou senadora da República – assinalou.

O ministro prosseguiu, dizendo que a parlamentar o chamou “do que quis” e apontou um suposto descontrole emocional dela.

– A senhora me chamou de engavetador, me chamou do que quis. […] Me chama de menino mimado. Eu não lhe agredi. A senhora está totalmente descontrolada, me atacando – completou.

Neste ponto, senadores como Otto Alencar (PSD), Randolfe Rodrigues (Rede) e Leila Barros (Cidadania) envolveram-se na discussão e acusaram o ministro de estar sendo “machista” e agindo como “moleque”.

Por fim, o presidente da Comissão, Omar Aziz, pediu a Calheiros que Wagner Rosário passasse à condição de investigado, o que foi atendido pelo relator.

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