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Tebet: Alicerces democráticos estão abalados por polarização

Senadora deu declarações durante uma convenção nacional do MDB para lançá-la à Presidência

Pleno.News - 27/07/2022 16h02 | atualizado em 27/07/2022 16h19

Simone Tebet Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

Nesta quarta-feira (27), a senadora Simone Tebet (MDB-MS) afirmou que os alicerces democráticos do país estão abalados. Ela deu declarações durante uma convenção nacional do partido para lançá-la à Presidência da República.

A parlamentar citou a fome, a miséria, a desigualdade e o desemprego e, principalmente, a polarização política e o discurso de ódio.

Com apoio da federação formada por PSDB e Cidadania, Tebet tenta se colocar como alternativa ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na corrida pelo Palácio do Planalto. Porém, ela ainda não conseguiu decolar nas pesquisas de intenção de voto.

Simone não citou os nomes de Lula e Bolsonaro durante seu discurso.

– Infelizmente, o Brasil vive um dos momentos mais sensíveis. Nossos alicerces democráticos estão abalados, pela fome, pela miséria, pela desigualdade social, pelo desemprego, mas estão abalados principalmente por essa polarização ideológica, esse discurso de ódio, do “nós contra eles”, que está levando ao abismo – declarou Tebet.

O presidente nacional do MDB, Baleia Rossi, abriu a convenção e autorizou os delegados a votar. O ato político é realizado de forma virtual, e a votação ocorre por meio da plataforma Zoom. A expectativa é de que o resultado seja divulgado às 14h. Participam também o presidente do PSDB, Bruno Araújo, e o do Cidadania, Roberto Freire.

Com 52 anos de idade, Tebet vai disputar o Palácio do Planalto pela primeira vez. Antes de assumir uma cadeira no Senado em 2014, ela foi deputada estadual no Mato Grosso do Sul, de 2003 a 2005; prefeita de Três Lagoas (MS), de 2005 a 2010; e vice-governadora do Estado, de 2011 a 2015.

No ano passado, a parlamentar se destacou em seus discursos na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, que investigou ações do governo na pandemia. Apesar de ter o apoio do presidente nacional do MDB, Tebet enfrentou resistência da ala do partido que prefere apoiar Lula no primeiro turno. A avaliação desse grupo de emedebistas, liderado pelo senador Renan Calheiros (AL), é de que uma candidatura pouco competitiva à Presidência pode prejudicar os candidatos da sigla nos estados e levar a uma redução da bancada de deputados federais no ano que vem. Atualmente, a legenda tem 37 assentos na Câmara.

– Hoje nós vamos fazer uma convenção que vai entrar para a História do MDB. Não no discurso, mas na prática nós vamos mostrar que, efetivamente, lugar de mulher é onde ela quiser. E, se Deus quiser, a nossa Simone Tebet será a nossa próxima presidente do Brasil – afirmou Baleia Rossi.

Em entrevista à GloboNews na segunda-feira (25), a senadora disse que fará uma campanha com base no tripé economia verde, agenda social e “governo afetivo”. Tebet defendeu a necessidade de se fazer no país uma reforma tributária, se posicionou contra a privatização da Petrobras, mas admitiu a possibilidade de venda de refinarias da estatal. Também afirmou que pode retomar, se eleita presidente, a política de reajuste do salário mínimo acima da inflação.

Como a hesitação do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) em ingressar na chapa do MDB à Presidência, a possibilidade de a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) concorrer como vice de Tebet voltou a ganhar força. O nome da parlamentar é visto como positivo, porque seria um aceno ao eleitorado feminino, à região Nordeste e ao público religioso, já que Eliziane é evangélica.

*AE

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