Marcos Melo - 24/08/2024 17h43 | atualizado em 26/08/2024 12h01

As recentes declarações do ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED) do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Eduardo Tagliaferro, expuseram ainda mais o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Em entrevista concedida à revista Oeste, Tagliaferro denunciou a produção de relatórios contra alvos de Moraes, além de monitoramento paralelo praticado no TSE.

Segundo Eduardo, as ordens para elaborar esses relatórios eram do juiz auxiliar de Moraes no STF, Airton Vieira. O delator destacou que apenas recebia ordens.

– A interpretação dos relatórios, se havia crime ou não, quem decidia era o ministro. Eu não tinha poder de decisão nenhum.

Esses relatórios eram produzidos com base em monitoramento de redes sociais e outras movimentações públicas dos alvos de Moraes.

Tagliaferro foi claro em dizer que quando assumiu o cargo, esses desafetos do ministro já vinham sendo monitorados e sua função foi somente dar continuidade.

– Se falou comigo três, quatro vezes, foi muito. As coisas vinham, não eram para mim. A assessoria monitorava, de fato, o que era objetivo dela – destacou.

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