Pleno.News - 04/11/2024 21h15 | atualizado em 05/11/2024 12h27

Ryan Routh, acusado de tentar assassinar o ex-presidente dos Estados Unidos e candidato republicano Donald Trump, na Flórida, enviou da prisão uma carta a um jornal. Na mensagem, Routh discute o papel dos eleitores do condado de Palm Beach e as consequências da eleição presidencial desta terça-feira (5).

O jornal The Palm Beach Post afirmou que recebeu a carta, não solicitada, mas não detalhou seu conteúdo, observando apenas que Routh faz considerações sobre como aquele condado no sudeste da Flórida, onde Trump mora, votará.

O homem, de 58 anos, enfrenta uma sentença de prisão perpétua.

Os promotores apresentaram uma moção há duas semanas detalhando o desejo de Routh de escrever para vários veículos de comunicação e avisaram que ele tentaria se comunicar de alguma forma com a imprensa.

Os veículos temiam que Routh incitasse a violência contra Trump ou tentasse prejudicar o julgamento que enfrenta, e pediram ao tribunal que limitasse seu acesso aos materiais do caso.

No entanto, a defesa de Routh argumentou contra a medida, alegando que ela violaria os direitos à liberdade de expressão e a um julgamento justo.

Enquanto os promotores e a defesa debatiam a possibilidade de o preso publicar suas opiniões políticas, Routh fez exatamente isso, enviando a carta ao The Palm Beach Post.

Os funcionários da prisão federal se recusaram a autenticar a carta, mas confirmaram que o endereço do remetente é atribuído a Routh, que está preso em um centro de detenção em Miami.

O suspeito, que foi preso após tentar assassinar Trump em 15 de setembro em um campo de golfe na Flórida, posteriormente detalhou seus planos em uma carta manuscrita, na qual também reconheceu que queria cometer o crime e lamentou não ter conseguido.

Routh foi localizado por um agente do Serviço Secreto, que o descobriu armado com um fuzil semiautomático escondido atrás de alguns arbustos perto do campo de golfe de Trump enquanto ele estava lá.

Ele foi preso no mesmo dia do incidente e acusado dos crimes de posse de arma de fogo e posse de arma de fogo com número de série riscado em conexão com a tentativa de assassinato.

Se for condenado em seu julgamento, marcado para 18 de novembro, Routh poderá enfrentar uma sentença máxima de prisão perpétua.

A juíza federal que preside o processo criminal, Aileen Cannon, recusou-se em outubro passado a se afastar do caso, como a defesa havia solicitado em uma moção.

Cannon rejeitou o pedido de recusa da defesa de Routh, que alegou que ela tem algum “relacionamento” com o ex-presidente Trump, que a nomeou para o cargo em 2020.

*Com informações da Agência EFE

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