Polícia apreende celulares de Witzel e STJ quebra sigilo
Ministro Benedito Gonçalves determinou que itens fossem apreendidos para apuração
Paulo Moura - 26/05/2020 14h03 | atualizado em 26/05/2020 14h04
Entre as ações determinadas pelo ministro Benedito Gonçalves, membro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) responsável por autorizar a Operação Placebo e os mandados contra o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, apareceram a apreensão e quebra do sigilo de celulares e computadores pertencentes ao chefe do Executivo estadual.
Segundo a decisão, a quebra dos sigilos de Witzel e dos outros investigados, incluindo contas mantidas na nuvem, é necessária para a obtenção de provas sobre um possível envolvimento do governador no suposto esquema de desvios nos contratos emergenciais para tratar pacientes com Covid-19, apurado pela operação.
– Autorizo o Delegado da Polícia Federal a ter acesso ao conteúdo dos aparelhos eletrônicos apreendidos, sobretudo dos dados armazenados na “nuvem”, através de quaisquer serviços utilizados, notadamente com relação aos aparelhos de telefonia celular, franqueando que esse acesso ocorra inclusive no local das buscas – destaca Gonçalves na ordem de buscas.
A Operação Placebo investiga indícios de desvios de recursos públicos durante o estado de emergência de saúde pública decretado em razão do novo coronavírus.
Segundo a Polícia Federal, investigações apontam para a existência de um esquema de corrupção envolvendo a Iabas, organização social contratada para a instalação de hospitais de campanha, e servidores da cúpula da gestão do sistema de saúde do Rio.
Leia também1 RJ: Wilson Witzel diz que é alvo de "perseguição política"
2 Depósitos para primeira-dama motivaram ação contra Witzel
3 "Se eu tivesse informações a operação chamaria estrume"
4 Witzel culpa Bolsonaro por ação da PF realizada contra ele
5 Bolsonaro parabeniza PF após operação que mirou Witzel