Paulo Moura - 27/09/2019 08h43 | atualizado em 27/09/2019 09h05

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, pediu esclarecimentos, através de um despacho assinado na quarta-feira (25), ao ministro Luís Roberto Barroso, sobre a decisão que autorizou a realização de uma operação de busca e apreensão na última quinta-feira (19), em gabinetes do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-CE).

Na terça-feira (24), o Senado pediu a Dias Toffoli a imediata suspensão tanto da liminar de Barroso quanto da análise de objetos e documentos apreendidos durante a operação. O argumento utilizado foi de que a medida do ministro permitiu a captura de informações sensíveis e comprometeu a harmonia entre os Poderes.

O procurador-geral da República interino, Alcides Martins, que ainda ocupava o cargo na última terça, defendeu a operação de busca e apreensão da Polícia Federal que vasculhou gabinetes de Bezerra Coelho. Martins afirmou que as informações colhidas na investigação permitem concluir que o senador e o deputado federal Fernando Bezerra Coelho Filho (DEM-PE) receberam vantagens indevidas obtidas com as obras Canal do Sertão e a Transposição do Rio São Francisco.

– Apesar da manifestação contrária da então procuradora-geral, entendo que se faziam presentes os requisitos para o deferimento de todas as medidas requeridas pela autoridade policial – escreveu Martins, em manifestação encaminhada ao STF.

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