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STF rejeita ação do PSOL contra falas de Bolsonaro na pandemia

A relatora, Rosa Weber, apontou "inconformismo genérico com o governo federal"

Pleno.News - 19/10/2021 11h55 | atualizado em 19/10/2021 14h55

Ministra Rosa Weber, do STF
Ministra Rosa Weber, do STF Foto: STF/SCO/Nelson Jr.

Nesta segunda-feira (18), o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por 8 votos a 2, rejeitar a abertura de uma ação de descumprimento de preceito fundamental (ADPF) que questionava atos e falas do presidente Jair Bolsonaro sobre a pandemia de Covid-19. A ação foi apresentada pelo PSOL em maio do ano passado.

O processo foi julgado no plenário virtual, em que os ministros têm alguns dias para votar de modo remoto e sem debate oral. Nesse caso, a sessão de julgamento durou dez dias e se encerrou às 23h59 de ontem.

Ao final, prevaleceu o entendimento da relatora, ministra Rosa Weber, que rejeitou a ação por entender ser inadequada a abertura de ADPF no caso. Ela também considerou a peça inicial inepta, por não especificar exatamente quais atos estariam sendo questionados e tampouco quais medidas objetivas gostaria de ver tomadas.

Ela foi seguida pelos ministros Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli, Nunes Marques, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e Luiz Fux. Foram votos vencidos os dos ministros Ricardo Lewandowski e Edson Fachin, para os quais haveria ameaça a preceitos fundamentais nos atos e falas presidenciais.

O partido argumentou que o presidente e seu governo violam a Constituição ao minimizar a pandemia de Covid-19, manifestando-se, por exemplo, contra o isolamento social e o uso de máscaras.

A legenda pediu ao Supremo que ordenasse ao presidente e aos membros de seu governo “pautarem seus atos” de acordo com o direito fundamental à saúde e aos preceitos do Estado Democrático de Direito.

RELATORA
Para Rosa Weber, esse tipo de pedido genérico não faz sentido, uma vez que o cumprimento da Constituição já é pressuposto de qualquer cargo público. Uma decisão nesse sentido seria “destinada apenas a reafirmar aquilo que resulta da própria ideia de Estado Constitucional de Direito”, segundo escreveu a ministra.

A relatora também criticou a falta de especificidade dos atos questionados. Para ela a peça inicial manifesta “inconformismo genérico com o governo federal”, não sendo capaz de apontar com objetividade qual seria o alvo da intervenção judicial.

Weber escreveu que “não apenas os fatos apontados como justificadores da instauração deste processo de controle concentrado são mencionados de maneira vaga e imprecisa, mas o próprio pedido deduzido pelo autor é incapaz de individuar o objeto da tutela pretendida”.

Em outro trecho, a relatora apontou que “na realidade, a pretensão dirige-se contra atos futuros e incertos a serem praticados por ocasião de eventos ainda desconhecidos”.

*Agência Brasil

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