Thamirys Andrade - 31/03/2025 14h04 | atualizado em 31/03/2025 16h18

O Supremo Tribunal Federal (STF) estabeleceu um prazo de 15 dias para que o ex-ministro dos Direitos Humanos e Cidadania Silvio Almeida esclareça, se quiser, as suas declarações sobre o movimento Me Too Brasil, que apoia vítimas de violência sexual a romperem o silêncio.

A determinação ocorre após a organização e sua presidente, Marina Ganzarolli, apresentarem queixas-crimes contra Almeida por difamação. Ganzarolli sustenta que o ex-ministro usou a estrutura pública de forma indevida para atacar a instituição quando as primeiras denúncias de assédio contra ele vieram a público.

À época, o Me Too anunciou ter recebido denúncias anônimas de mulheres que afirmaram ter sido vítimas de assédio sexual. Entre elas, estava a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.

Em resposta, o Ministério dos Direitos Humanos emitiu uma nota dizendo que o movimento teria tentado interferir de forma indevida em uma licitação do órgão. Almeida ainda acusou o Me Too de querer “diminuir sua existência”.

O caso está sob a relatoria da ministra Cármen Lúcia.

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