Henrique Gimenes - 14/10/2025 18h31 | atualizado em 14/10/2025 19h32

Nesta terça-feira (14), a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não cogitou estabelecer o voto impresso nas eleições. A declaração ocorreu durante sessão da Primeira Turma para julgar a ação do suposto golpe de Estado.

O assunto foi abordado pela magistrada ao rebater declaração do advogado Melillo Dinis do Nascimento, representante do réu Carlos César Moretzsohn Rocha. Ele é um dos réus do chamado núcleo 4 da ação penal da suposta trama golpista.

O advogado disse, durante sustentação oral, que o TSE havia discutido o voto impresso, quando o próprio Supremo já havia definido que o assunto era inconstitucional. Cármen Lúcia, que é presidente do TSE, decidiu responder.

– Estamos em tempos de mentiras e desinformações. Apenas para dizer que, em nenhum momento, e tenho certeza de que o advogado não pretendeu afirmar, mas, para não deixar nem subliminarmente compreensível por alguém, foi dito expressamente, copiei: “O TSE mesmo pensou em voto impresso, e o Supremo disse: deixe isso para lá”. [Isso] não é fato (…) É apenas para reforçar que o TSE não cogitou voto impresso – afirmou.

E completou:

– Como é óbvio, o voto impresso põe em risco o sigilo do voto. Há quem cobre do eleitor a possibilidade de ele comprovar se ele cumpriu aquilo que teria prometido.

Leia também1 Paraná Pesquisas: Tarcísio amplia favoritismo ao governo de SP
2 Marco Rubio cobra libertação de pastores presos na China
3 Paulo Gonet nega pedido de prisão de Eduardo Bolsonaro
4 Marchiori inicia quimioterapia: "Não vai ser fácil, mas tenho fé"
5 Dino cancela sessão do núcleo 4 que aconteceria nesta quarta