Henrique Gimenes - 19/05/2021 16h35 | atualizado em 19/05/2021 17h35

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o afastamento do presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), Eduardo Fortunato Bim, de seu cargo. A decisão ocorre em meio à operação Akuanduba, que teve como alvos o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e servidores da Pasta.

A ação da Polícia Federal (PF) teve por objetivo apurar suspeitas da participação de Salles e de servidores na exportação ilegal de madeira para os Estados Unidos e para a Europa. Além do presidente do Ibama, foram afastados ainda outras nove pessoas em cargos e funções de confiança no instituo e no Ministério do Meio Ambiente.

Entre os crimes apurados pela PF estão os de corrupção, advocacia administrativa, prevaricação e facilitação de contrabando.

No total, foram cumpridos mandados no Pará, em São Paulo e no Distrito Federal.

Salles chegou a falar sobre ação desta quarta-feira. Disse achar que a operação foi exagerada. Para ele, o inquérito da Polícia Federal foi instruído de maneira a “induzir o ministro relator”, Alexandre de Moraes, “a erro”.

Além disso, o ministro do Meio Ambiente apontou que a suspeita envolvendo exportações de madeira para os EUA se deve à falta de documentos da carga e disse que “o ministério sempre, e o Ibama, da mesma forma, sempre procurou agir de acordo com as regras, com bom senso, com equilíbrio, e isso ficará demonstrado nos autos do inquérito, conforme eles forem instruídos”.

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