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“Sou candidato até minha morte política ser anunciada para valer”

Declaração foi feita pelo ex-presidente Jair Bolsonaro

Thamirys Andrade - 13/11/2024 16h57 | atualizado em 13/11/2024 17h29

Jair Bolsonaro Foto: Frame de vídeo / YouTube / Metrópoles

Em meio a especulações sobre o nome que o substituiria nas eleições presidenciais de 2026 caso siga inelegível, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se pronunciou garantindo que seguirá como candidato até que sua “morte política seja anunciada para valer”. O líder conservador afirma que a palavra “talvez” não existe em seu vocabulário. As declarações ocorreram durante entrevista ao portal Metrópoles.

– A resposta é a mesma: essa partícula “se, caso, talvez” não existe. Eu sou candidato até que a minha morte política seja anunciada para valer. Eles não têm argumento para me tirar da política. A não ser o poder, a força de arbitrariedades contra a minha pessoa. Repito: qual a acusação contra mim? Que eu fiz de errado para não disputar uma eleição? E, se eu sou tão mau assim, deixa eu disputar para perder. É muito simples. Ou estão com medo da minha candidatura? – indagou.

O líder conservador afirmou acreditar que reverterá sua inelegibilidade na Justiça. Entretanto, caso não consiga, recorrerá ao Congresso Nacional, onde aliados trabalham em um projeto para isso.

– Um dos pontos de decisão é o Supremo Tribunal Federal. Eu não quero nem comparar com os casos, porque são casos que não têm nada a ver com o meu. A Dilma foi cassada. A pena são 8 anos de inelegibilidade. Resolveu-se no próprio Senado, o ministro Lewandowski presidindo a sessão, deixá-la elegível. Tanto é que ela disputou em 2018 as eleições para o Senado – lembrou.

Questionado se acredita que o presidente eleito nos Estados Unidos, Donald Trump, poderia influenciar em seu caso, contribuindo para deixá-lo elegível, além de intervir em relação à atuação do Supremo Tribunal Federal (STF), ele respondeu:

– Eu não tenho essa liberdade toda para conversar com ele [Trump], apesar de conhecer alguns assessores, que estão sendo pré-anunciados para compor seu gabinete. Mas acredito que ele tenha um interesse enorme no Brasil pelo seu tamanho, pelas suas riquezas, pelo que representa o nosso povo. E como um país que realmente possa aqui, como exemplo, desequilibrar positivamente para a democracia, para a liberdade, toda a América do Sul. Então, ele vai investir no Brasil sim, no meu entender, no tocante a fazer valer os valores do seu povo, que é muito semelhante ao nosso. Que, através da liberdade de expressão, nós possamos aqui sonhar e não mergulharmos mais ainda numa ditadura que se avizinha – acrescentou.

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