Sob pressão, Lula sinaliza com possível mudança de ministros
Pastas chefiadas ou indicadas pelo União Brasil estariam na mira das modificações
Paulo Moura - 08/06/2023 13h54 | atualizado em 08/06/2023 14h32
Com os problemas recentes de articulação com o Congresso Nacional, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já estaria sinalizando com a possibilidade de fazer alterações no corpo ministerial de sua atual gestão. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (8) pelo site R7, que aponta algumas pastas com maior chance de troca.
Segundo o veículo, Lula admitiu nesta semana, durante o café da manhã com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que pode mudar a chefia de alguns ministérios em prol da governabilidade. Na mira das mudanças mais prováveis estariam as pastas do Turismo, Comunicações e Integração, justamente as três chefiadas ou indicadas pelo União Brasil, sigla que não tem mostrado fidelidade ao governo.
Lira, por sua vez, teria deixado claro a Lula que o governo precisa fazer gestos ao Centrão para melhorar a governabilidade. Publicamente, o presidente da Câmara se queixou nesta semana que a Casa ficou sub-representada na estrutura ministerial da atual gestão. O deputado já declarou recentemente que o governo não possui uma base de apoio efetiva para aprovar matérias com tranquilidade.
Se Lula aceita trocar o comando de alguns ministérios para agradar o Centrão, outros, porém, não devem ter seus chefes modificados, apesar do interesse dos partidos de centro. Um desses exemplos é o Ministério da Saúde, atualmente sob o comando de Nísia Trindade, que recebeu elogios do petista nesta quarta (7).
– Eu precisava de alguém mais do que médico, que tivesse a sensibilidade de saber como vive o povo mais humilde. E por que escolhi uma mulher? Porque a mulher sabe tratar dos problemas com mais coragem e dignidade do que o homem – disse.
Para melhorar a relação com o Congresso, segundo o R7, Lula deve organizar mais reuniões com deputados e senadores a partir da próxima semana e diminuir o volume de viagens nacionais e internacionais. Ao veículo, uma fonte do governo revelou que as agendas do petista devem contar com reuniões com parlamentares de diversos partidos e bancadas.
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