Pleno.News - 30/04/2025 11h07 | atualizado em 30/04/2025 12h19

Seul informou nesta quarta-feira (30) que detectou sinais do início da construção de uma ponte veicular sobre o rio Tumen para unir Coreia do Norte e Rússia, em um projeto de infraestrutura que fortalece sua cooperação bilateral.

A nova passagem de fronteira, cuja construção foi acordada em junho de 2024 após a assinatura de um tratado bilateral, terá um comprimento total de 850 metros, 300 metros dos quais serão construídos no lado russo, de acordo com um comunicado do Ministério da Unificação sul-coreano.

A meta é concluir a obra até o final de dezembro de 2026. Em fevereiro, Moscou já havia selecionado as empresas responsáveis ​​pela elaboração e implementação do projeto.

Imagens de satélite fornecidas pelo governo sul-coreano mostram preparativos aparentemente avançados para a cerimônia de início das obras, com instalações montadas no lado russo e sinais de fogos de artifício no lado norte-coreano.

O evento inaugural estava previsto para esta quarta. De acordo com a agência de notícias russa TASS, a cerimônia será realizada com uma mensagem do primeiro-ministro russo, Mikhail Mishustin, transmitida por videoconferência, enquanto seu homólogo norte-coreano, Pak Thae-song, estará presente no ato.

Até o momento, a única infraestrutura terrestre que liga os dois países é a chamada Ponte da Amizade, uma ligação ferroviária próxima inaugurada em 1959 entre a estação Tumangang, na Coreia do Norte, e a estação Khasan, na Rússia.

A construção da nova infraestrutura é vista como um passo significativo no fortalecimento dos laços estratégicos entre Pyongyang e Moscou, especialmente considerando que a Coreia do Norte reconheceu publicamente o envio de tropas para apoiar a ofensiva da Rússia na Ucrânia.

Segundo as autoridades russas, o volume de comércio entre Rússia e Coreia do Norte aumentou nove vezes entre 2022 e 2023, diz o comunicado. Além de facilitar o comércio bilateral, a ponte pode se tornar um canal importante para a transferência de recursos e tecnologia entre os dois países.

*EFE

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