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"Pessoas que não querem avançar contra a corrupção" dificultam aprovação das medidas

Gabriela Doria - 11/10/2019 12h18 | atualizado em 11/10/2019 15h02

Ministro da Justiça, Sergio Moro defendeu novamente o pacote anticrime Foto: PR/Carolina Antunes

O ministro da Justiça, Sergio Moro, afirmou nesta sexta-feira (11) que o presidente Jair Bolsonaro respeita a autonomia da Polícia Federal, “ainda que possa estar insatisfeito” com situações como o inquérito que resultou no indiciamento do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio.

Um dia antes, em live semanal transmitida nas redes sociais, Bolsonaro afirmou que o responsável pela investigação policial “agiu de má-fé”, que houve “exagero” no inquérito e que a intenção não foi atingir o ministro, mas sim o presidente da República.

Álvaro Antônio foi denunciado pelo Ministério Público e indiciado pela Polícia Federal sob suspeita de envolvimento no esquema de candidaturas de laranjas do PSL em Minas Gerais, revelado pela Folha.

Nesta sexta-feira, ao ser questionado pela Folha de S.Paulo sobre as críticas de Bolsonaro ao inquérito, Moro afirmou que não comentaria as declarações do presidente, mas em seguida se manifestou.

– A Polícia Federal vem realizando nesse caso e em todos os casos o seu trabalho com autonomia, e isso vai continuar ocorrendo. O presidente respeita a instituição e essa autonomia, ainda que possa estar insatisfeito com uma ou outra situação – disse o ministro.

Moro também se recusou a comentar declarações feitas pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), que disse em entrevista à Folha de S.Paulo que o ministro da Justiça tem uma formação intelectual fascista.

Em seguida, porém, disse que as críticas a seu pacote anticrime fazem parte de “um jogo político de pessoas que não querem avançar contra (…) a corrupção, porque vivem nesse sistema e se dão bem nele”.

Ao abordar resistências ao seu pacote anticrime, o ministro voltou comentar os pontos polêmicos.

– Não existe nenhuma licença para matar nesse projeto. A norma que mais questionam é uma cópia de um dispositivo do código penal alemão e português, que ninguém chama de fascistas – afirmou.

*Folhapress

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