Sérgio Moro é exonerado do cargo de juiz e dá justificativa
Vigência do ato de exoneração começa na próxima segunda-feira
Jade Nunes - 16/11/2018 14h50 | atualizado em 16/11/2018 15h58

O presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), desembargador federal Thompson Flores, assinou o ato de exoneração do juiz federal Sérgio Moro, nesta sexta-feira (16). A vigência terá início na próxima segunda.
Moro teve que deixar o cargo já que aceitou o convite do presidente eleito Jair Bolsonaro para assumir o Ministério da Justiça e Segurança Pública.
A princípio, Moro pediria a exoneração em janeiro, mas resolveu mudar os planos. No documento, ele explicou por quê.
Confira alguns trechos:
Pretendia realizar isso no início da janeiro, logo antes da posse no novo cargo.
Para tanto, ingressei em férias para afastar-me da jurisdição. Concomitantemente, passei a participar do planejamento das futuras ações de Governo a partir de janeiro de 2019.
Entretanto, como foi divulgado, houve quem reclamasse que eu, mesmo em férias, afastado da jurisdição e sem assumir o cargo executivo, não poderia sequer participar do planejamento de ações do futuro Governo.
Embora a permanência na magistratura fosse relevante ao ora subescritor por permitir que seus dependentes continuassem a usufruir de cobertura previdenciária integral no caso de algum infortúnio, especialmente em contexto na qual há ameaças, não pretendo dar azo a controvérsias artificiais, já que o foco é organizar a transição e as futuras ações do Ministério da Justiça.
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