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Senadores cobram Alcolumbre sobre a sabatina de Mendonça

André Mendonça foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para uma vaga no Supremo Tribunal Federal

Pleno.News - 24/08/2021 20h58 | atualizado em 25/08/2021 11h50

André Mendonça foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro ao STF Foto: Edu Andrade/Fatopress/Folhapress

Senadores da base do governo cobraram do presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Davi Alcolumbre (DEM-AP), que paute a indicação de André Mendonça ao Supremo Tribunal Federal (STF). Ex-advogado-geral da União e ex-ministro da Justiça, Mendonça foi indicado para o cargo em 13 de julho, mas ainda não há data para sua sabatina.

A cobrança foi feita no plenário pelos senadores Telmário Mota (PROS-RR), Carlos Viana (PSD-MS) e Carlos Portinho (PL-RJ). Até os senadores do Cidadania, Eliziane Gama (MA) e Alessandro Vieira (SE), posicionaram-se a favor da realização da sabatina de Mendonça.

Hoje, a CCJ aprovou a recondução de Augusto Aras à Procuradoria-Geral da República (PGR). Ele havia sido indicado por Bolsonaro ao cargo em 20 de julho – depois, portanto, do nome de Mendonça. Aras terá o nome submetido ao plenário do Senado ainda nesta terça-feira.

Telmário Mota comparou Alcolumbre a um “tranca-rua”, entidade espiritual da Umbanda conhecida por fechar – e também abrir – caminhos. Já Mendonça foi comparado a Jesus Cristo, pois, na avaliação de Mota, “vive numa verdadeira via-sacra para ter o seu nome sabatinado na CCJ”.

– Eu só espero que a CCJ não torne ao ministro André [Mendonça] um calvário, um calvário que o sacrifique, que o crucifique. Eu, então, queria fazer um apelo ao senador Davi [Alcolumbre], que presidiu esta Casa, que teve todo o nosso apoio; inclusive na CCJ, teve todo o nosso apoio. Agora, a CCJ tem que andar, a fila tem que andar. Não pode hoje colocar na CCJ um tranca-rua. A CCJ tem que julgar: ou aprova, ou desaprova – afirmou o senador.

E continuou.

– É verdade que o ministro André [Mendonça] é um homem extremamente religioso. Mas ele não é Jesus para ficar nessa via-sacra. Ele precisa ser sabatinado. Esse é o meu apelo ao senador Davi [Alcolumbre] – acrescentou.

Carlos Viana acusou Alcolumbre de usar o Senado para fazer negociações políticas de seu interesse.

– Eu tenho absoluta certeza de que vários aqui – a maioria – caminham comigo no sentido de não autorizar o Sr. Davi Alcolumbre a usar o Senado como forma de negociações políticas para o interesse dele. Esta Casa precisa ser respeitada. A indicação tem que ser colocada na CCJ, e são os membros que vão decidir. Depois, o plenário vai dizer “sim” ou “não”. Eu digo com muita clareza: não autorizo utilizar o meu nome – e tenho certeza de que muitos senadores com quem tenho conversado assim pensam – para fazer manobra política usando o Senado da República – afirmou.

O senador Carlos Portinho (PL-RJ) reforçou o pedido e disse que os quatro senadores do PL protocolaram carta a Alcolumbre em apoio à sabatina de Mendonça.

– A bancada do Partido Liberal no Senado retifica seu irrestrito apoio à aprovação – disse.

Até mesmo a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) posicionou-se a favor de Mendonça. Evangélica, a senadora reiterou que faz oposição ao governo Bolsonaro, mas disse que a religião de Mendonça, que é pastor presbiteriano, não pode ser usada como desculpa para evitar que seu nome seja apreciado.

O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) também apoiou o pedido.

*AE

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