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Senador tenta entregar réplica de feto a ministro de Lula

Silvio Almeida recusou a réplica e chamou ato do parlamentar de "exploração inaceitável"

Paulo Moura - 27/04/2023 13h54 | atualizado em 28/04/2023 08h11

Momento em que o senador Eduardo Girão tentou entregar réplica ao ministro Silvio Almeida Foto: Agência Senado/Pedro França

Durante uma audiência na Comissão de Direitos Humanos do Senado nesta quinta-feira (27), o senador Eduardo Girão (Novo-CE) tentou entregar uma réplica de um feto de 11 semanas, feita de plástico, ao ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida. O chefe da pasta federal, no entanto, se recusou a receber a réplica e chamou o ato de “exploração inaceitável”.

– Eu não quero receber isso por um motivo muito simples. Eu vou ser pai agora, e eu sei muito bem o que significa isso. Isso é, pra mim, uma performance que eu repudio profundamente. Com todo respeito, é uma exploração inaceitável de um problema muito sério que nós temos no país – declarou Silvio Almeida.

Momentos antes de tentar entregar a réplica, Girão questionava o ministro sobre os motivos que levaram o Brasil a não ter assinado uma declaração conjunta do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas condenando a situação na Nicarágua. Na sequência, ele se levantou e afirmou que, “falando em dignidade humana”, queria entregar a réplica.

Almeida esteve na Comissão de Direitos Humanos nesta quinta após ser convidado pelo senador Paulo Paim (PT-RS) para falar sobre o trabalho da pasta. Ao longo de cerca de duas horas, o ministro foi questionado por parlamentares sobre a atuação da pasta chefiada por ele. Entre os participantes estava a ex-chefe do ministério, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF).

A posição do governo Lula a respeito do aborto tem sido alvo de polêmica desde o início do mandato do petista. Em janeiro, a atual administração retirou o Brasil dos signatários da Declaração do Consenso de Genebra sobre Saúde da Mulher e Fortalecimento da Mulher, que, entre outros assuntos, se posicionava contra o aborto.

A decisão, por sua vez, foi tomada apenas um dia depois que a ministra da Saúde, Nísia Trindade, revogou a portaria criada pela gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que instituiu a exigência de que o médico notificasse a polícia em casos de aborto em decorrência de estupro.

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