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Senador do “dinheiro na cueca” vira alvo do Conselho de Ética

Chico Rodrigues foi flagrado em outubro de 2020 com cerca de R$ 33 mil escondidos

Paulo Moura - 14/06/2023 12h12 | atualizado em 14/06/2023 13h29

Senador Chico Rodrigues Foto: Agência Senado/Geraldo Magela

Quase três anos após ter sido flagrado com cerca de R$ 33 mil escondidos na cueca, o senador Chico Rodrigues (PSB-RR) virou alvo, nesta quarta-feira (14), de um procedimento disciplinar sobre o caso no Conselho de Ética do Senado. O requerimento de abertura do processo foi feito pelos partidos Rede Sustentabilidade e Cidadania, que pedem a cassação do político.

A decisão de abrir o processo contra Rodrigues não envolveu análise do conteúdo das acusações, mas apenas a avaliação da existência dos requisitos regimentais do pedido. A relatoria do caso ficou com o senador Renan Calheiros (MDB-AL). Desde que foi flagrado com dinheiro na cueca, Chico Rodrigues nega irregularidades e diz ter agido movido “pelo pânico e pelo medo”.

A partir de agora, o Conselho de Ética vai avaliar o caso e poderá propor advertência, censura, perda temporária do mandato ou ainda a cassação do senador. Caso a decisão seja por alguma das duas últimas punições, a medida terá que ser confirmada pelo Plenário da Casa.

Além da abertura do processo contra Rodrigues, o Conselho de Ética do Senado também abriu procedimentos contra os senadores Styvenson Valentim (Podemos-RN), Jorge Kajuru (PSB-GO), Cid Gomes (PDT-CE) e Randolfe Rodrigues (Sem Partido-AP).

Na mesma sessão, foram arquivadas denúncias contra os senadores Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), Jayme Campos (União Brasil-MT), Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Humberto Costa (PT-PE), Damares Alves (Republicanos-DF), e contra o ex-senador Paulo Rocha (PT-PA).

SOBRE O CASO
O dinheiro escondido na roupa íntima do senador foi encontrado pela Polícia Federal no dia 14 de outubro de 2020, quando o parlamentar foi alvo de uma operação deflagrada para combater um suposto esquema criminoso de desvio de recursos públicos para o combate ao coronavírus em Roraima.

Na ocasião, o congressista pediu para ir ao banheiro e, após ele voltar, um delegado percebeu um “volume estranho na parte traseira da roupa” do político. Ao realizarem a averiguação, os agentes apreenderam R$ 33.150 com Chico Rodrigues.

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