Gabriela Doria - 04/02/2020 19h40 | atualizado em 05/02/2020 08h23

Em pronunciamento no Congresso, nesta terça-feira (4), o senador Arolde de Oliveira (PSD-RJ) repudiou novamente a informação divulgada pela Rede Globo de que o celular do pastor Anderson do Carmo, desaparecido desde o dia de seu assassinato, em de 16 de junho de 2019, esteve em sua casa horas após o crime.

O senador classificou a notícia como fake news e acusou os jornalistas que divulgaram informação de serem “irresponsáveis”. O parlamentar também tornou a explicar o que realmente aconteceu em sua casa no dia da morte do pastor.

– Após o assassinato, minha esposa, que é a presidente de um grupo de empresas há mais de 30 anos e que tem a deputada Flordelis contratada como cantora, tentou fazer um telefonema de pêsames, um telefonema difícil. Não conseguindo, recebeu um telefonema da deputada Flordelis, ainda naquela manhã. E sabemos que um telefonema hoje não é como antigamente, que apenas se descobre o número que foi chamado. Hoje, o telefonema é feito e, quando entra na internet, além do número do telefone chamado, fica registrado o protocolo de internet, fica registrada a rede wi-fi do telefone chamado. Foi o que aconteceu – reafirmou.

Após explicar a dinâmica dos fatos, o senador voltou a criticar o jornalismo da Rede Globo e atribuiu a citação de sua família no caso a seu alinhamento com o presidente Jair Bolsonaro, a quem chamou de “alvo preferencial” da emissora. Arolde também acredita que seu posicionamento conservador desagrade a emissora.

– A motivação é um fato simples de entender. Desde sempre eu sou contrário às permissividades e liberalidades do sistema Globo de televisão, em particular as suas novelas. Eu defendo a vida, a família e os valores éticos e morais que herdamos das nossas tradições histórico-culturais judaico-cristãs. Esse é o primeiro fato de motivação para me agredir dessa maneira. O segundo é porque sou um defensor e aliado do governo Bolsonaro, que é um alvo preferencial do sistema Globo de televisão. Assistimos diuturnamente as fake news, as invenções [da Globo]. São dezenas de casos de fake news criados e engendrados para desgastar o governo, sua família e seus aliados, entre os quais eu me coloco.

Após expor seus argumentos, o senador pediu que o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, tomasse providências para esclarecer a origem da informação.

– Se a informação veio realmente da polícia, é crime, porque é vazamento de um inquérito que corre sob segredo de Justiça. Se houve a invenção por parte, e houve, dos jornalistas, é fake news e evidentemente vou tomar as minhas providências – garantiu.

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