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Sem alarde, Lula dá posse ao novo ministro das Comunicações

Frederico de Siqueira Filho é sucessor de Juscelino Filho, demitido por corrupção

Pleno.News - 24/04/2025 15h30 | atualizado em 24/04/2025 16h16

Frederico de Siqueira Filho é o novo ministro das Comunicações Foto: Ricardo Stuckert / PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nomeou e deu posse nesta quinta-feira (24) a Frederico de Siqueira Filho para ser o novo ministro das Comunicações. O nome do então presidente da Telebras foi chancelado após o deputado Pedro Lucas Fernandes (União Brasil-MA) ter rejeitado o convite do chefe do Executivo para chefiar a pasta.

A decisão do petista de indicar Siqueira Filho à pasta foi tomada nesta quarta (23). De acordo com a Secretaria de Comunicação Social, a indicação dele pelo União Brasil foi apresentada a Lula pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), pelo ex-ministro das Comunicações Juscelino Filho e pelo deputado Pedro Lucas.

– O presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeou e deu posse, na manhã desta quinta-feira, 24 de abril, ao engenheiro Frederico de Siqueira Filho no cargo de ministro das Comunicações. Frederico dirigia a Telebras e sua indicação pelo União Brasil foi apresentada ao presidente Lula pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, o ex-ministro Juscelino Filho e o líder do União Brasil na Câmara, Pedro Lucas Fernandes, em reunião realizada na tarde da quarta-feira (23) no Palácio do Planalto. O encontro de ontem também contou com a presença da ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann – diz nota divulgada pela Secom nesta quinta.

Esta é a décima mudança na Esplanada desde o início do terceiro mandato de Lula. Siqueira Filho entrará no posto ocupado anteriormente por Juscelino Filho, que deixou a pasta após ter sido denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por corrupção com o suposto desvio de emendas parlamentares. O caso foi revelado pelo Estadão em 2023.

Frederico de Siqueira Filho é o novo ministro das Comunicações Foto: Ricardo Stuckert / PR

A indicação do chefe da Telebras foi endossada pelo presidente do União Brasil, Antonio Rueda, mas liderada por Alcolumbre. O novo indicado é descrito como um nome próximo ao senador Efraim Filho (União Brasil-PB) e de perfil técnico, por já ter trabalhado na operadora Oi, e não filiado ao União Brasil.

Alcolumbre foi escalado para ser o principal interlocutor em torno da indicação do ministro das Comunicações. Ele já tem como ministro de sua cota o chefe da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes. Integrantes do partido afirmam que a decisão de Alcolumbre foi apresentar a Lula o nome de um técnico, e não de um político de carreira, para ocupar a pasta.

Pela lei eleitoral vigente, todos que pretendem ser candidatos no ano que vem precisarão deixar os cargos seis meses antes da eleição; ou seja, em abril do ano que vem.

Na avaliação de congressistas do União Brasil, a indicação do atual presidente da Telebras para o Ministério das Comunicações não deve mudar a correlação de forças na bancada em favor do governo. Parlamentares argumentam que o formato de articulação política está esgotado e que a bancada vai continuar votando em favor apenas daquilo que considerar “o melhor para o país”.

Nesta semana, após a recusa de Pedro Lucas, o governo cogitou reavaliar o espaço do partido na Esplanada. Porém, integrantes da gestão defenderam cautela e manter a pasta para a sigla para evitar uma nova crise com congressistas. Na Câmara, o União Brasil conta com 59 deputados federais.

Além disso, ministros minimizam impactos do episódio com Pedro Lucas para o governo. Na avaliação deles, o que impediu o deputado de assumir a função não foi o governo ou a articulação política da gestão, mas o próprio União Brasil – considerando um racha no partido e o fato de Rueda não querer perder liderança.

Para tais interlocutores, foi melhor para a gestão federal o recuo de Pedro Lucas do que a chance de correr o risco com uma possível liderança de caráter de oposição do União Brasil na Câmara.

*AE

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