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“Se STF liberar, ‘plano da Covid’ estaria pronto em poucas horas”

Presidente Jair Bolsonaro afirmou que não revela detalhes porque, "senão, vai ser uma polêmica enorme"

Henrique Gimenes - 17/01/2022 14h37 | atualizado em 17/01/2022 17h10

Presidente Jair Bolsonaro Fotos: Isac Nóbrega/PR

Nesta segunda-feira (17), o presidente Jair Bolsonaro falou sobre o combate à pandemia de Covid-19 no Brasil e o avanço da variante Ômicron.

Entrevista à rádio Viva, do Espírito Santo (ES), Bolsonaro disse que não tem “controle das ações contra a pandemia”, afirmou que o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que ele só pode “enviar recursos a estados e municípios” e explicou que, se o STF restabelecesse a ele o “comando das ações da pandemia”, teria pronto o que seria feito “poucas horas depois”.

Bolsonaro abordou o assunto ao ser questionado sobre como o governo enxergava o momento da pandemia.

– Eu não tenho o controle das ações contra a pandemia. O Supremo Tribunal Federal reservou a mim apenas enviar recursos para estados e municípios, além de material e outras medidas também. E tudo que eu falo sobre a pandemia, a grande mídia distorce completamente – apontou.

Em seguida, o presidente explicou que seu governo investiu na aquisição de milhões de doses de vacina contra a Covid-19.

– [Foi o] Nosso governo que comprou 400 milhões de doses da vacina. Como ser contra, se eu comprei 400 milhões de doses? O que eu entrei na disputa foi vacinar crianças de 5 a 11 anos – pontuou.

Bolsonaro também falou que seu plano de combate à Covid estaria pronto em poucas se horas se tivesse o “comando das ações da pandemia” e disse que não revela detalhes dele porque seria uma “polêmica enorme”.

– Se o Supremo restabelecer o comando das ações da pandemia para mim, eu tenho pronto o que faria poucas horas depois. Não falo agora, senão vai ser uma polêmica enorme, vai ser crítica muito grande contra a nossa pessoa, mas nós fizemos a coisa certa durante a pandemia. Não faltou dinheiro a estados, não faltou a municípios, não faltou meios, médicos, transportes de doentes, oxigênio. Fizemos toda a nossa parte. Inclusive, somos um exemplo para o mundo no tocante à questão de vacinas – destacou.

Por fim, ele ainda lembrou que sempre defendeu a “autonomia do médico”.

– Eu não sei por que a reação contra a minha pessoa nessa questão, no tocante à pandemia. Uma coisa que ficou polêmica e [que], cada dia que passa, vejo que estava com razão é que eu sempre defendi a autonomia do médico – ressaltou.

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