Saúde diz à PGR que 13 estados ‘têm preocupações’ com oxigênio
Situação foi relatada por um assessor do Departamento de Logística do Ministério
Pleno.News - 23/03/2021 15h45 | atualizado em 23/03/2021 16h17

Um monitoramento do Ministério da Saúde (MS) apontou que o fornecimento de oxigênio medicinal está “preocupante” em seis estados e em “estado de atenção” em outros sete, em meio ao agravamento da pandemia da Covid-19 no país. A situação foi relatada por um assessor do Departamento de Logística da pasta em reunião na segunda-feira (22) com a Procuradoria Geral da República (PGR).
Na videoconferência, o general Ridauto Fernandes, diretor de Logística do ministério, disse que há risco de falta do insumo no Acre, em Rondônia, no Mato Grosso, no Amapá, no Ceará e no Rio Grande do Norte. Além disso, afirmou que o Pará, a Bahia, Minas Gerais, São Paulo, o Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul estão em “estado de atenção”.
De acordo com a PGR, o general ainda apontou que o governo federal estuda incluir os motoristas de empresas de gases medicinais como grupo prioritário da vacinação contra o novo coronavírus. A demanda é reivindicada pelas fabricantes.
Na segunda-feira, o Gabinete Integrado de Acompanhamento da Epidemia de Covid-19 (Giac) já havia enviado um ofício ao governo federal sobre o risco de desabastecimento do Amapá. Segundo comunicado da PGR, ainda há relatos de problemas na Paraíba e outros estados do Nordeste.
A multinacional White Martins também participou na reunião, na qual teria informado um aumento de até 300% na demanda em algumas localidades. A empresa também criticou liminares que determinam a entrega de quantidades do produto sem considerar a situação do setor têm desorganizado a logística e trazem “risco de desabastecimento em grandes hospitais”.
A escassez de oxigênio tem preocupado estados e municípios. Na segunda-feira, o Mato Grosso confirmou que duas fornecedoras notificaram haver risco de desabastecimento em cerca de 50 municípios. Na mesma data, o Paraná indicou necessitar de mil cilindros para dar conta da demanda, enquanto na sexta-feira (19) um levantamento apontou que 54 municípios paulistas estão com “estoque crítico” de oxigênio.
Em audiência pública no Senado na quinta-feira passada (18), o general Ridauto já havia admitido que o país está com risco iminente de desabastecimento em municípios do interior e em alguns estados que dependem principalmente de cilindros por não terem estrutura para armazenar o produto em estado líquido.
– A expectativa da falta perigosa desses produtos na ponta da linha, nos pequenos hospitais, é de poucos dias – declarou.
E continuou:
– Hoje, o maior risco de perda de vida está nas pequenas unidades, mesmo nas capitais, e nos hospitais do interior. São aqueles que vivem do oxigênio gasoso. Está acontecendo em todo o Brasil – afirmou o general na data.
*Estadão
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