Saúde demite coronel que assinou contratos sem licitação
Ministério da Saúde demitiu superintendente que realizou duas contratações que somavam quase R$ 30 milhões
Paulo Moura - 26/05/2021 09h19 | atualizado em 26/05/2021 10h19

O Ministério da Saúde exonerou o coronel George Divério do cargo de superintendente estadual da pasta no Rio de Janeiro. A demissão do gestor, cuja função era ligada à Secretaria-Executiva do ministério, foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (26).
Divério, que foi nomeado ainda na gestão do ex-ministro Eduardo Pazuello, é acusado de participar de supostas fraudes em contratos do ministério no Rio. As acusações são de que militares teriam escolhido, sem licitação, empresas para reformar prédios antigos e usaram a pandemia como justificativa para considerar as obras urgentes.
Em um período de apenas dois dias, Divério, que era chefe da superintendência, autorizou duas contratações que somavam quase R$ 30 milhões. Do total, quase R$ 9 milhões foram para reformas de galpões usados como depósitos de papéis. Outros R$ 18,9 milhões foram para reformar o prédio do ministério, no Centro do Rio.
Após a denúncia da suposta fraude nas licitações, a Advocacia-Geral da União (AGU) anulou os contratos. Além disso, na última semana, o Tribunal de contas da União (TCU) abriu processo para investigar irregularidades nos contratos feitos pela superintendência do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro.
Em nota divulgada na época em que as acusações foram feitas contra Divério, a pasta declarou que, se as irregularidades fossem comprovadas, elas seriam encaminhadas aos órgãos competentes e adotadas as devidas sanções.