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Sara Winter atribui passado como feminista a “traumas”

Ativista relembrou histórico familiar, episódios de abuso e também comentou sobre vida na direita

Gabriela Doria - 22/07/2020 18h52 | atualizado em 06/08/2020 12h50

Sara Winter diz que não se arrepende vídeo contra o ministro Alexandre de Moraes Foto: Reprodução

A ativista conservadora Sara Winter foi a convidada da live do Pleno.News desta quarta-feira (22), comandada pela jornalista e editora-chefe Virgínia Martin. Sempre polêmica, Sara comentou sobre sua família, seu passado como líder da militância de esquerda e também sobre possíveis aspirações políticas, além, é claro, da turbulenta relação com o Supremo Tribunal Federal.

Questionada sobre a origem da ideia de usar o sobrenome Winter, que chegou a ser atribuído a uma suposta mulher nazista, a ativista rechaçou a possibilidde e disse que se trata de um pseudônimo usado na adolescência.

– Minha mãe pediu para escolher um nome que não fosse o meu para poder mexer no Orkut, MSN, etc. Adotei o Winter porque nasci em São Carlos, em São Paulo, e é muito frio. E também porque era muito fã de uma cantora e pianista chamada Emily Autumn, que em inglês significa outono. Eu queria ter um nome parecido com o dela e Sara Winter era bonito. No entanto, a esquerda trabalha com o assassinato de reputações. […] Quando se busca Sara Winter na Wikipedia, você encontra um artigo falso que tem um aviso de que será excluído. Para assassinar minha reputação, um grupo de pessoas inventou uma história e a partir daí toda a grande imprensa me taxou de nazista, por um simples artigo feito de maneira caluniosa – declarou.

Ao comentar sobre o que a teria levado a se tornar uma militante feminista e de esquerda, Sara atribuiu a questão a traumas do passado, como a relação tempestuosa na família e até episódios de abuso sexual.

– Eu tive um passado doloroso. Aos 16 anos fui expulsa de casa. […] Vim de uma família desestruturada, um irmão usuário de drogas, fui colocada na rua, fui para a prostituição, sofri abuso sexual. Cheguei aos 19 anos cansada da vida, com ódio, com trauma de homens e acabei indo para o movimento feminista. Tenho certeza absoluta que meu histórico familiar, a questão da prostituição e do abuso sexual me desenvolveram traumas e as únicas que estavam lá para me ajudar eram as feministas. […] Mas não existe acolhimento, trabalho de cura, muito pelo contrário. A única coisa que querem é utilizar a dor e o sofrimento de pessoas injustiçadas para transformar em ferramentas políticas. Eu era uma menina machucada e fui transformada em líder [do movimento] – afirmou.

Pleno.News Entrevista
Sara Winter
por Pleno.News - 06/08/2020

A ativista também negou que possua intenções na vida política ou que queria chamar a atenção com as declarações polêmicas que costuma fazer.

– Se eu quisesse popularidade continuava na esquerda. No Femen eu ganhava em dólar, tinha abertura na TV e um forte poder midiático. Qual a relevância que tenho na imprensa atual? Eu não vou me candidatar, não tenho interesse na vida política. Um cargo público só vai me trazer mais dor de cabeça. Minha vocação é ensinar o político a ser um bom político – apontou.

Ainda cumprindo prisão domiciliar, Sara passou 10 dias em um presídio após declarações contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Logo após ser alvo de um mandado de busca e apreensão no inquérito das fake news, a militante fez um vídeo em que dizia ter vontade de “trocar socos” com Moraes, além de dizer que iria “infernizar” a vida do ministro “até ele pedir para sair”. As declarações foram usadas para colocar Sara na cadeia. Ainda assim, ela garante não estar arrependida do desabafo.

– Eu nunca disse que vou matar ou bater nele [Moraes]. Eu disse que tinha um desejo de fazer um convite para “trocar socos” com ele. Nenhum advogado consegue me dizer onde é que está a ameaça nessa frase. Não me arrependo, agradeço a Deus por cada atitude que tomei, mas não acho que foi uma atitude errada. Foi uma atitude de uma mãe que teve seus direitos humanos violados. Falei sob forte emoção, sim, mas falei. Não me arrependo porque aquele vídeo representou o que muita gente queria dizer, mas não tem coragem ou não pode. Pago as consequências até hoje, estou em prisão domiciliar porque disse que tinha vontade de trocar socos com o ministro. Até hoje não fui enquadrada em nenhum artigo penal – denunciou.

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