Salas do PSD no Senado vão ter homenagem a Arolde de Oliveira
Gabinetes ocupados pela liderança do PSD receberão o nome de Espaço Arolde de Oliveira
Paulo Moura - 11/08/2021 11h40 | atualizado em 11/08/2021 11h51
O Senado aprovou, na terça-feira (10), um projeto que permite que os gabinetes hoje ocupados pela liderança do PSD recebam o nome de Espaço Arolde de Oliveira, em homenagem ao ex-senador, que morreu vítima da Covid em 21 de outubro de 2020. A proposta é de autoria do senador Otto Alencar (PSD-BA) e teve o relatório favorável do senador Nelsinho Trad (PSD-MS).
No relatório, Nelsinho destacou a carreira política “vitoriosa” de Arolde, que foi deputado federal por nove mandatos consecutivos antes de se eleger senador, em 2018. O relator afirmou que o colega levou ao PSD sua “lucidez e ampla experiência”.
– Muito [o senador Arolde] teria ainda a contribuir com o país e com esta Casa Legislativa, [se] não tivesse nos deixado abruptamente – lamentou Nelsinho.
O senador Otto Alencar afirmou que Arolde foi “um homem correto, digno e honrado” e merecedor da homenagem. O parlamentar lembrou que a última relatoria praticada pelo colega como senador foi a da reforma da Previdência dos militares (Lei 13.954, de 2019), aprovada por unanimidade em dezembro de 2019.
– Ele [Arolde] teve uma participação curta no Senado, mas mostrando sempre a sua maneira de ser, muito sincera. Era um engenheiro da área de telecomunicações, que conhecia muito bem e trabalhou em favor da tecnologia no Brasil inteiro. Tem uma folha muito grande de serviços prestados ao Brasil – destacou Alencar.
BIOGRAFIA
Fundador da MK Music, uma das maiores gravadoras de música gospel do país, Arolde de Oliveira nasceu em São Luiz Gonzaga (RJ), em 1937. Cursou a Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) e, em 1960, entrou para o Instituto Militar de Engenharia (IME), formando-se em Engenharia Eletrônica.
Em 1986, Arolde foi eleito pela primeira vez para a vaga titular de deputado federal, sendo reeleito nos oito pleitos seguintes. Na Assembleia Nacional Constituinte (1987-1988), foi presidente da Subcomissão da Ciência e Tecnologia e da Comunicação.
Além da carreira parlamentar, também foi secretário de Serviços de Telecomunicações do Ministério das Comunicações, secretário municipal de Transportes do Rio de Janeiro (RJ) e secretário estadual de Trabalho e Renda do Rio de Janeiro. Nas eleições de 2018, obteve mais de 2,3 milhões de votos para o primeiro mandato de senador pelo estado fluminense.
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