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Paulo Moura - 03/05/2023 10h09 | atualizado em 03/05/2023 14h28

Agentes da Polícia Federal durante a Operação Venire Foto: Reprodução/CNN Brasil

A Operação Venire, deflagrada pela Polícia Federal (PF) na manhã desta quarta-feira (3) para apurar a possível prática de inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde, prendeu seis pessoas, entre elas o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid.

Até 8h desta quarta, todos os alvos de mandados de prisão tinham sido detidos. Entre os seis presos, quatro já são conhecidos: Mauro Cid Barbosa, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; Max Guilherme, segurança de Bolsonaro; Sérgio Cordeiro, segurança de Bolsonaro; e João Carlos de Sousa Brecha, secretário de Governo de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro.

Além disso, de acordo com a TV Globo, 16 pessoas são alvo de busca e apreensão, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro. Confira a lista completa:

– Jair Messias Bolsonaro, ex-presidente da República;
– Mauro Cesar Barbosa Cid, tenente-coronel, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
– Gabriela Santiago Ribeiro Cid, esposa de Mauro Cid;
– Gutemberg Reis de Oliveira, deputado federal (MDB-RJ);
– Luís Marcos dos Reis, sargento do Exército, ex-integrante da equipe de Mauro Cid;
– Farley Vinicius Alcântara, médico que teria envolvimento nos fatos investigados;
– João Carlos de Sousa Brecha, secretário de Governo de Duque de Caxias (RJ);
– Max Guilherme Machado de Moura, segurança de Bolsonaro;
– Sergio Rocha Cordeiro, segurança de Bolsonaro;
– Marcelo Costa Câmara, assessor especial de Bolsonaro;
– Eduardo Crespo Alves, militar;
– Marcello Moraes Siciliano, ex-vereador do RJ;
– Ailton Gonçalves Moraes Barros, candidato a deputado estadual pelo PL-RJ em 2022;
– Camila Paulino Alves Soares, enfermeira da prefeitura de Duque de Caxias;
– Claudia Helena Acosta Rodrigues Da Silva;
– Marcelo Fernandes de Holanda.

SOBRE A OPERAÇÃO
A ação da Polícia Federal, batizada de Venire, cumpre 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva, em Brasília e no Rio de Janeiro. De acordo com a corporação, os agentes também analisam material apreendido durante as buscas e realizam oitivas de pessoas que possuam informações a respeito dos fatos investigados.

Nesta manhã, além das seis prisões, os agentes da PF fizeram buscas em um endereço do ex-presidente Jair Bolsonaro em Brasília. O ex-chefe do Executivo, que teve o celular apreendido, não foi alvo de mandado de prisão, mas deve prestar depoimento ainda nesta quarta.

A PF informou que as inserções falsas, que ocorreram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, tiveram como consequência a possibilidade de permitir que pessoas pudessem fazer a emissão de certificados de vacinação e utilizá-los para burlarem as restrições sanitárias vigentes impostas pelos poderes públicos do Brasil e dos Estados Unidos.

As ações policiais acontecem dentro do inquérito que apura a atuação do que se convencionou chamar “milícias digitais”, atualmente em tramitação no STF. A Polícia Federal informou que os fatos investigados configuram, em tese, os crimes de infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção de menores.

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