Ronaldinho Gaúcho depõe à CPI das Pirâmides Financeiras
Ex-atleta negou que seja sócio de empresa que é acusada de praticar esquema de pirâmide
Paulo Moura - 31/08/2023 12h01 | atualizado em 31/08/2023 12h41
O ex-jogador Ronaldinho Gaúcho depõe, nesta quinta-feira (31), na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras. O colegiado investiga a empresa 18k Ronaldinho por um suposto esquema de pirâmide que prometia até 400% de lucro por mês por meio do investimento em criptomoedas.
No início da sessão, o presidente da CPI, deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), disse que o jogador foi convocado à CPI por ter supostamente usado a credibilidade dele para levar milhares de brasileiros a investir suas economias em uma empresa que prometia lucro fácil, a 18k.
Ao apresentar sua versão aos deputados, Ronaldinho, porém, negou que seja fundador ou sócio da 18k e disse que os sócios da empresa, na verdade, usaram o nome dele indevidamente.
– Os sócios de tal empresa são os senhores Rafael Horácio Nunes de Oliveira e Marcelo Lara Marcelino. Eles utilizaram indevidamente meu nome para criar a razão social dessa empresa (…). Inclusive, já fui ouvido pelo Ministério Público de São Paulo e pela Polícia Civil do Rio de Janeiro na condição de testemunha – alegou.
Ronaldinho detalhou ao colegiado que, em 2016, firmou um contrato com a empresa americana 18k Watch Corporation para a criação de uma linha de relógios com a imagem dele, e que, em julho de 2019, foi firmado contrato com a brasileira 18k Watch Comércio Atacadista e Varejista de Negócios, de propriedade de Marcelo Lara, para uso de imagem para outros itens além do relógio.
O ex-atleta declarou, porém, que esse contrato foi rescindido em outubro de 2019 e que foi o irmão dele, Roberto de Assis Moreira, quem tomou conhecimento de que Marcelo estava usando indevidamente sua imagem sem autorização pela empresa 18k Ronaldinho Comércio e Participações Ltda.
– Nunca foi autorizado que essa empresa utilizasse meu nome e minha imagem – reforçou.
Antes de prestar depoimento nesta quinta, Ronaldinho já havia faltado duas vezes ao colegiado. Por causa disso, chegou a ser cogitada a condução coercitiva do ex-atleta, mas posteriormente ele se comprometeu a comparecer na comissão.
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