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Roberto Alvim diz que vídeo criticado foi “coincidência”

Secretário de Cultura foi atacado por líderes políticos, ideológicos e grupo judaico

Camille Dornelles - 17/01/2020 10h45 | atualizado em 17/01/2020 13h33

Roberto Alvim publicou vídeo que foi duramente criticado Foto: Reprodução

Nesta sexta-feira (17), o presidente da Câmara dos Deputado, Rodrigo Maia, pediu o afastamento do secretário da Cultura, Roberto Alvim. O pedido foi motivado por um vídeo divulgado de maneira oficial no qual Alvim se porta como o ministro da Propaganda da Alemanha nazista, Joseph Goebbels.

– O secretário da Cultura passou de todos os limites. É inaceitável. O governo brasileiro deveria afastá-lo urgente do cargo – declarou Maia nas redes sociais.

Frente às acusações, Alvim se manifestou pelo Facebook, afirmando que tudo foi apenas uma “coincidência”.

– O que a esquerda está fazendo é uma falácia de associação remota: com uma coincidência retórica em UMA frase sobre nacionalismo em arte, estão tentando desacreditar todo o PRÊMIO NACIONAL DAS ARTES, que vai redefinir a Cultura brasileira… É típico dessa corja. Repito: foi apenas uma frase do meu discurso na qual havia uma coincidência retórica. Eu não citei ninguém e o trecho fala de uma arte heroica e profundamente vinculada às aspirações do povo brasileiro. Não há nada de errado com a frase – declarou.

SEMELHANÇAS
As semelhanças foram apontadas em sua vestimenta, cabelo, postura, discurso e na escolha de uma trilha sonora assinada por Richard Wagner, compositor próximo a Hitler. Elas foram criticadas por personalidades políticas, pelo filósofo Olavo de Carvalho e também por grupos judaicos. A Confederação Israelita do Brasil, por exemplo, também pediu a saída do secretário.

Comunicado da CONIB contra Roberto Alvim Foto: Reprodução

DISCURSOS COMPARADOS
“A arte alemã da próxima década será heroica, será ferreamente romântica, será objetiva e livre de sentimentalismo, será nacional com grande páthos e igualmente imperativa e vinculante, ou então não será nada.” (Goebbels)

“A arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional. Será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes de nosso povo, ou então não será nada.” (Alvim)

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