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Repleto de dívidas, Palocci tem nome protestado em cartórios

Pendências de condomínio, IPTU e dívidas trabalhistas marcam situação econômica atual do ex-ministro

Paulo Moura - 04/01/2021 09h59 | atualizado em 04/01/2021 10h28

Ex-ministro Antônio Palocci Foto: Reprodução/Facebook

O ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil nas gestões de Dilma Rousseff e de Lula, Antônio Palocci, vem sofrendo graves dificuldades financeiras e acumulando dívidas desde que seu nome foi envolvido nas investigações da Operação Lava Jato e ele se tornou um dos principais delatores dos esquemas de corrupção realizados nos governos petistas.

Segundo uma reportagem publicada pelo site da revista Valor nesta segunda-feira (4), Palocci está com todos os bens bloqueados judicialmente e à procura de emprego. De acordo com a publicação, o ex-ministro tem seu nome protestado em pelo menos dois cartórios.

Entre as pendências, está um dos apartamentos de Palocci, em Jardins, São Paulo, com o valor de mercado estimado em cerca de R$ 10 milhões, que apresenta despesas de condomínios e o IPTU em atraso. Segundo um investigador que atuou em um dos três acordos de colaboração premiada firmados por Palocci com a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF), o ex-ministro teria deixado de pagar parte dos honorários devidos a seus defensores em razão de sua situação financeira.

A Projeto, firma de consultoria de Palocci que já rendeu ao ex-membro do Planalto cerca de R$ 81,3 milhões em serviços pagos por 47 empresas até novembro de 2016, conforme a Receita Federal, hoje amarga uma ação trabalhista no valor de R$ 280 mil movida pela ex-sócia Rita de Cassia dos Santos, a qual tramita na 11 ªVara de São Paulo.

Condenado em junho de 2017 pelo então juiz federal Sergio Moro a 12 anos, dois meses e 20 dias de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, Palocci teve sua pena diminuída, em novembro de 2018, para 9 anos e 10 meses por decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em razão do primeiro acordo de delação do ex-ministro, firmado com a PF.

Atualmente, o ex-ministro permanece com tornozeleira eletrônica, sai pouco de casa e só pode viajar se receber autorização judicial. Alvo da Lava-Jato em setembro de 2016, quando teve sua prisão preventiva decretada pelo então juiz federal titular da 13ª Vara de Curitiba, Sergio Moro, Palocci tem todas as contas bancárias bloqueadas desde então.

Na época, Moro determinou o bloqueio de bens e contas do ex-ministro ao limite de R$ 128 milhões. Uma conta da Projeto, mantida no Bradesco, teve bloqueio de R$ 30,06 milhões. Outras três contas, em agências do Banco do Brasil e Santander, da pessoa física de Palocci foram bloqueadas, acrescendo R$ 814,6 mil ao montante tornado indisponível.

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