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Renan: ‘Wizard e Weintraub fazem turismo da impunidade’

Ambos não compareceram para prestar depoimento no colegiado

Pleno.News - 18/06/2021 14h03 | atualizado em 18/06/2021 15h51

Renan Calheiros é relator da CPI da Covid Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou que o empresário Carlos Wizard e o ex-assessor internacional do presidente Jair Bolsonaro, Arthur Weintraub, estão fazendo “turismo de impunidade” ao não comparecer para prestar depoimento no colegiado.

Ambos estão fora do Brasil e foram convocados para esclarecer participação no suposto “gabinete paralelo” que teria assessorado chefe do Planalto na pandemia.

Carlos Wizard pediu para ser ouvido virtualmente, solicitação negada pela CPI. O presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), decidiu acionar a Justiça para a condução coercitiva e a apreensão do passaporte de Wizard quando este estiver em território nacional. Wizard informou que viajou aos Estados Unidos para acompanhar o tratamento médico de um familiar.

– O que eles estão fazendo, porque têm dinheiro, é uma espécie de turismo de impunidade. Viajam para o exterior para driblar o prazo da CPI. Isso evidentemente põe obstáculos no caminho da investigação, e nós não vamos concordar que essas coisas aconteçam – disse o relator em coletiva de imprensa.

Renan Calheiros afirmou que mais da metade dos fatos investigados pela CPI já estão comprovados. Nesta sexta-feira (18), ele apresentou uma lista com 14 pessoas que se tornaram oficialmente investigadas. Na mesma coletiva de imprensa, o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), declarou que o relatório de Renan, quando for apresentado, será “blindado” e que aqueles que defendem Bolsonaro serão “abandonados”.

O prazo de funcionamento da CPI termina no final de julho. A intenção da cúpula da comissão é que não haja recesso para que o período seja cumprido sem prorrogação. A próxima fase da investigação, disse Randolfe, envolverá as suspeitas de desvios na Saúde do Rio de Janeiro. Para ele, há um “acumpliciamento criminoso” entre agentes privados e públicos na pandemia.

A CPI fará uma sessão secreta com o governador cassado do Rio, Wilson Witzel. A inclusão de governadores como investigados, reforçou o relator, dependerá de decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

*Estadão

 

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