Pierre Borges - 16/09/2021 16h13 | atualizado em 16/09/2021 16h46

A poucos dias do fim da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, o senador Renan Calheiros voltou a defender, nesta quinta-feira (16), a convocação do ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, para prestar depoimento.

– Eu acho que seria importante ouvirmos o general Braga Netto, que foi o coordenador do comitê [de enfrentamento à pandemia]. Aliás, ele já esteve uma ou duas vezas na Câmara dos Deputados. Isso torna absolutamente natural sua vinda para depor na CPI – declarou o relator da Comissão.

Braga Netto coordenou o comitê de enfrentamento à pandemia na época em que chefiou a Casa Civil. O fator foi citado repetidas vezes por Renan para reforçar a convocação.

– Mais do que qualquer um, por ter sido o coordenador do comitê de enfrentamento da Covid-19, eu acho que ele precisa vir. Este é o ponto de vista do relator. Para que seja o ponto de vista da comissão, precisa ter maioria – sugeriu Calheiros.

Embora a oposição seja maioria na Comissão, os senadores não entraram em consenso sobre a convocação do ministro. Alguns senadores acreditam que o depoimento acrescentaria poucos elementos relevantes à CPI.

Renan havia prometido entregar seu relatório na próxima semana, mas alguns senadores defendem o adiamento por uma semana, como o vice-presidente da Comissão, senador Randolfe Rodrigues, que disse não acreditar ser possível a entrega do documento no prazo previsto.

O relator indicou, em uma entrevista nesta quinta-feira, que poderá adiar a entrega, mas, na CPI, reafirmou a voltou a dizer que ele ficará para a semana que vem. Após a entrega do relatório, a previsão é de que haja mais uma semana para que os senadores possam opinar sobre o texto antes de votá-lo.

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