Pierre Borges - 22/07/2021 15h34 | atualizado em 22/07/2021 15h47

O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, senador Renan Calheiros pediu nesta quinta-feira (22) a exoneração do ministro da Defesa, general Braga Netto, e o chamou de “elemento perigoso para a democracia”.

O senador reagiu à publicação do jornal O Estado de S. Paulo, que informava que o general teria enviado uma ameaça ao presidente da Câmara, Arthur Lira, por meio de um interlocutor. Segundo a matéria, Braga Netto teria dito que, se o voto impresso auditável não fosse aprovado, não haveria eleições em 2022. A informação já foi desmentida oficialmente pelo ministro, que publicou uma nota criticando a reportagem.

Em uma sequência de quatro publicações no Twitter, o relator da CPI disse que o ministro “foi colocado onde está exatamente para isso, para ameaçar as instituições democráticas” e que a população não quer mais Bolsonaro na Presidência da República.

Calheiros ainda disse que as declarações de Braga Netto são “irresponsáveis, inconsequentes” e “ofendem a Constituição e o povo”. O senador declarou que o ministro “tem que ser exonerado o quanto antes” e que o Brasil “não pode se sujeitar ao capricho” de manter o general na liderança do Ministério da Defesa.

Leia também1 Órgãos defensores do Ministério do Trabalho criticam seu retorno
2 "Jumentos de duas pernas", diz Bolsonaro sobre eleitores de Lula
3 Em vídeo, Silas Malafaia expõe 'mentiras' da 'CPI da safadeza'
4 Fachin diz que voto impresso auditável é “pernicioso"
5 Violência: Luisa Mell passa por lipoaspiração sem autorização