Henrique Gimenes - 17/04/2019 16h18 | atualizado em 17/04/2019 17h59

O senador Renan Calheiros utilizou, nesta quarta-feira (17), suas redes sociais para criticar o Ministério Público Federal (MPF) ao mesmo tempo em que alfineta o ministro da Justiça, Sérgio Moro, e defende o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A declaração foi dada em cima da censura imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ao site O Antagonista e à revista Crusoé.

Em sua conta do Twitter, o parlamentar comentou o pedido feito pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, para que o STF arquivasse o inquérito que originou a decisão de censurar a matéria.

– O Ministério Público Federal declara que o STF ultrapassa os limites de sua atuação ao agir como investigador e juiz ao mesmo tempo. Esquece que Sérgio Moro foi o investigador e o sentenciador do Lula. Para isso, se valeu de delações sem prova, quebrou sigilos e vazou informações seletivamente. Ainda instituiu a prisão em 2ª instância, estabelecendo Estado de Exceção com violações constitucionais sem precedente. É preciso discutir democracia de forma ampla, garantindo que os princípios sirvam para todos, de forma justa e jamais seletiva – explicou.

Por decisão de Alexandre de Moraes, uma matéria publicada pelo site e pela revista sobre o presidente do STF, ministro Dias Toffoli, teve que ser removida. O texto aponta que o ministro aparecia em uma planilha da Odebrecht com o nome de “amigo do amigo de meu pai”.

A decisão de censurar a matéria provocou diversas reações da sociedade.

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