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Remédio utilizado por Joice pode causar perda de memória

Aproximadamente 5% dos pacientes que fazem uso do hipnótico zolpidem estão sujeitos a diminuição ou perda total da memória

Paulo Moura - 02/08/2021 10h52 | atualizado em 02/08/2021 11h22

Joice Hasselmann reconstitui episódio sobre seus ferimentos
Joice Hasselmann reconstitui episódio sobre seus ferimentos Foto: Gabriela Bilo/ Estadão

Uma discussão sobre os efeitos colaterais do medicamento zolpidem, substância utilizada para induzir o sono e que foi ingerida pela deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) na noite anterior à data em que alega ter sofrido um atentado, tem gerado bastante discussões por conta de relatos de apagões de memória e crises de sonambulismo por parte de quem usa o fármaco.

Após o caso de Joice, inúmeras pessoas deram depoimentos de episódios envolvendo sonambulismo, perda de memória e até acidentes de carro depois de usarem o medicamento. A deputada federal, porém, não descarta que tenha sofrido um atentado.

Joice afirma que, na noite anterior, estava assistindo a uma série com o marido, o neurocirurgião Daniel França, e tomou seu “remedinho para dormir”. Segundo ela, o esposo foi para o quarto, e ela continuou a ver TV, mas não se lembra do que ocorreu depois. No dia seguinte, a congressista diz ter acordado no chão, machucada, sem saber o que aconteceu.

Em entrevistas, Joice destacou que faz uso do Stilnox, remédio à base de zolpidem, há cerca de 20 anos. Desenvolvida há 30 anos, de início para regular o jet lag de pessoas que fazem viagens internacionais, o medicamento é considerado seguro pelos médicos desde que usado de acordo com as indicações.

Entretanto, cerca de 5% dos pacientes que fazem uso do hipnótico zolpidem estão sujeitos à diminuição ou à perda total da memória (amnésia), especialmente nas quatro primeiras horas após a ingestão, quando a medicação ainda está na corrente sanguínea.

A bula do medicamento alerta sobre “as propriedades farmacológicas do zolpidem, que podem causar sonolência, diminuição dos níveis de consciência —levando a quedas e, consequentemente, a lesões severas—, sonambulismo ou outros comportamentos incomuns (como dormir na direção e durante a refeição), acompanhado de amnésia”.

Após prestar depoimento na Polícia Civil, no último dia 26 de julho, Joice disse acreditar que o responsável pelo suposto atentado que sofreu é alguém que a “odeia muito” e que quis dar um susto nela.

– Eu já sofri muitas ameaças para parar; ameaças verbais, de estupro. Talvez tenha sido um recado mais duro, tipo “somos capazes de ir além” – afirmou ela a jornalistas.

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