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Relatório de Renan causou briga no WhatsApp entre senadores

Discussão ocorreu devido ao vazamento de trechos do documento para a imprensa

Thamirys Andrade - 18/10/2021 15h55 | atualizado em 18/10/2021 16h23

Senador Renan Calheiros, relator da CPI da Pandemia no Senado Foto: Agência Senado/Jefferson Rudy

O atrito entre os senadores da CPI da Covid-19 que levou ao adiamento da divulgação do relatório teve início em um grupo de WhatsApp.

Segundo conta a colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo, o desentendimento se deu assim que os parlamentares notaram que a imprensa trazia trechos do relatório que ainda estava sendo elaborado pela equipe de Renan Calheiros. O combinado era que ninguém teria acesso aos documentos antes do G7.

Ainda segundo o acordado, os parlamentares debateriam o relatório, e Renan Calheiros estaria aberto a sugestões. O documento seria, finalmente, apresentado à comissão nesta semana.

Ainda de acordo com Gaspar, o mais indignado com o vazamento foi o presidente do colegiado, senador Omar Aziz. Em entrevista à Globo News nesta segunda-feira (18), o parlamentar criticou a “imposição” do relatório e disse que não há “donos da verdade” na comissão.

– O que ficou acordado é que nós teríamos uma reunião hoje [segunda-feira] ao final da sessão e depois dessa sessão nós chegaríamos a um acordo para chegar à votação do relatório mais ou menos, está certo? Ia haver divergência? Ia. Mas unificado. E não a imposição de um relatório, achando que alguém é dono da verdade a essa altura do campeonato – objetou.

Na avaliação de parte dos integrantes da CPI, o relator quer incluir crimes que não possuem fundamento para “capitalizar politicamente o último momento de exposição” na comissão, diz a colunista. Para eles, o procurador-geral da República, Augusto Aras, pode arquivar todo o relatório baseando-se nos trechos que não se sustentam.

Entre os pontos que causam divergência entre os senadores estão o número de crimes que serão imputados ao presidente Jair Bolsonaro. Para integrantes do G7, não será possível sustentar que o chefe do Executivo cometeu 11 crimes, em especial o de homicídio qualificado, mas quatro ou cinco já seriam o bastante para responsabilizá-lo pelas mortes na pandemia.

Também há desentendimentos acerca do capítulo sobre o genocídio nas comunidades indígenas, além da inclusão do senador Flávio Bolsonaro (Patriota) e de ministros na lista de indiciados.

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