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Relatório da PF é ‘peça de ficção’ e ‘pirotecnia’, diz Jair Bolsonaro

Ex-presidente afirmou que inquérito é baseado em uma prática ilegal, a pesca probatória

Marcos Melo - 28/11/2024 21h40 | atualizado em 29/11/2024 13h04

Ex-presidente da República Jair Bolsonaro
Ex-presidente da República Jair Bolsonaro Foto: Isac Nóbrega/PR

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou que o relatório da Polícia Federal (PF) sobre um suposto plano de golpe de Estado é “peça de ficção”, um “golpe de festim” e “pirotecnia”. As declarações foram feitas durante participação no programa Oeste sem Filtro, da Revista Oeste, nesta quinta-feira (28).

– Falar em golpe de Estado com um general da reserva, quatro oficiais e um agente da PF é outra piada – disse o líder conservador.

De acordo com o presidente de honra do PL, o inquérito é baseado em uma prática ilegal, chamada pesca probatória.

– Eles vão para cima do cara, pegam o telefone, veem os contatos dele, vai pra cima de outras pessoas e ficam formando sua historinha, é risível.

Bolsonaro diz ser o alvo central do inquérito, que já tem outras 36 pessoas indiciadas. Essa ofensiva, de acordo com ele, seria motivada por questões políticas, já que, quando presidente, “atrapalhou gente importante que vivia de recursos públicos”.

– Nós fechamos esse ralo – destacou.

Sobre o discrepante apoio popular entre o líder da direita e o atual presidente, Jair Bolsonaro citou uma afirmação recorrente em todo o país.

– Ninguém entende como eu ando pelo Brasil arrastando multidões e o outro cara [Lula] não consegue ir numa esquina.

Ele negou que tenha cogitado um golpe de Estado e admitiu que discutiu a hipótese de recorrer ao Estado de sítio, Estado de defesa ou aplicação do artigo 142 da Constituição Federal, todas as medidas previstas na Constituição.

– Golpe usando a Constituição? O que está dentro da Constituição, você pode utilizar – disse o ex-presidente que sempre destacou seu apreço às ações tomadas dentro das “quatro linhas da Constituição”.

Para o conservador, após torná-lo inelegível por oito anos, “o que eles querem agora é arranjar uma cadeia pra mim”.

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