Leia também:
X Ficar no governo está “acima de projeto eleitoral”, diz Sabino

Randolfe: É natural que IOF volte à mesa como alternativa

Líder do governo insiste na criação de novos impostos para os brasileiros

Pleno.News - 08/10/2025 20h42 | atualizado em 09/10/2025 11h22

Randolfe Rodrigues Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), afirmou, nesta quarta-feira (8), que o governo cogita o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) como uma das alternativas para contornar a derrota da Medida Provisória 1.303/2024, que era justamente uma alternativa à elevação do IOF.

– Se a medida provisória é rejeitada ou é caducada, então é por natural que o IOF volte à mesa como alternativa. O que nós temos é que fechar uma conta. Tem uma conta que foi contratada e não foi contratada por esse governo – declarou a jornalistas.

Randolfe disse que o resultado – em referência à retirada da matéria da pauta pela Câmara – “não é o fim do mundo para o governo”, que “todas as alternativas estão na mesa”, mas que não conversou com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, depois de a Câmara derrubar a MP. Ele citou a possibilidade de o governo enviar um projeto de lei sob urgência com medidas compensatórias.

Disse, no entanto, que a Câmara deve indicar de onde virão os recursos, citando o impacto de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) aprovada pelos deputados sobre aposentadorias de agentes comunitários de saúde e de combate a endemias.

– A Câmara tem que dizer, junto com o Congresso, quais são as alternativas. A Câmara aprovou ontem uma proposta de emenda constitucional sobre os agentes sanitários de saúde que tem um custo de R$ 11 bilhões. Tem que ser apontado pela Câmara dos Deputados de onde vai vir o recurso – falou.

O líder do governo reafirmou o discurso de que a derrubada da MP é uma “antecipação” da disputa eleitoral e atribuiu ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), provável concorrente de Lula nas próximas eleições, parte das articulações contra a MP.

– Acho até bom isso vir a ocorrer, porque faz uma separação. Diz quem é quem. Diz quem quer antecipar o jogo eleitoral.

Randolfe blindou, no entanto, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), do resultado:

– Não temos o que nos queixar do presidente Hugo Motta. Ele buscou sempre, desde ontem, ele esteve à disposição para ajudar o governo.

RENAN CALHEIROS: DECISÃO LAMENTÁVEL
O senador Renan Calheiros (MDB-AL), presidente da comissão que analisou a MP, criticou a decisão da Câmara.

– É ruim porque afeta as contas públicas. É lamentável – disse.

Renan afirmou que ainda não estudou se colocará trechos da MP no projeto que aumenta a isenção do imposto de renda. O senador é o relator do texto, já aprovado na Câmara.

*AE

Leia também1 Câmara barra MP do governo Lula que aumentava tributos
2 Ficar no governo está "acima de projeto eleitoral", diz Sabino
3 Lula será homenageado por uma escola de samba em ano eleitoral
4 Processo de cassação de Eduardo é arquivado no Conselho de Ética
5 Primeiro condenado na Lava Jato, petista quer voltar em 2026

Siga-nos nas nossas redes!
WhatsApp
Entre e receba as notícias do dia
Entrar no Canal
Telegram Entre e receba as notícias do dia Entrar no Grupo
O autor da mensagem, e não o Pleno.News, é o responsável pelo comentário.