Paulo Moura - 23/07/2020 18h27 | atualizado em 23/07/2020 18h28

A deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) falou nesta quinta-feira (23) sobre a decisão do presidente Jair Bolsonaro de retirá-la da vice-liderança do governo na Câmara após seu voto contra o novo financiamento da educação básica, o Fundeb. Em entrevista concedida ao portal Terça Livre, Kicis disse que a perda maior é do próprio governo.

– O governo perde muito, porque vai ser difícil ter uma vice-líder que lute tanto pelo governo como eu luto. É isso. Fiquei triste mais com a forma como aconteceu do que pela minha saída, em si. O governo perde muito mais do que eu – declarou.

A parlamentar também reclamou de não ter sido chamada diretamente pelo presidente para conversar sobre a destituição do cargo de articulação na Câmara e destacou que o próprio presidente da República a trata com proximidade.

– Eu poderia ser destituída se o Bolsonaro acha que não devo mais permanecer, mas eu acho que podia ter me dado uma ligada. Porque ele fala assim: ‘Pô, Bia, você é minha irmãzinha’. Quantas vezes eu ouvi ‘você é minha irmãzinha’. Quantas vezes ele fez coisas das quais eu discordei. (Pensava) não, ele tinha uma atitude com a qual eu discordava, mas tudo bem, a gente resolve conversando – disse.

A dispensa da deputada do cargo foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) ainda na noite de quarta-feira (22). Além da parlamentar, outros seis deputados votaram contra o novo Fundeb, foram eles: Márcio Labre (PSL-RJ), Luiz Phillipe de Orleans e Bragança (PSL-SP), Júnio Amaral (PSL-MG), Filipe Barros (PSL-PR), Chris Tonietto (PSL-RJ) e Paulo Martins (PSC-PR).

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