Marcos Melo - 03/05/2023 09h33 | atualizado em 03/05/2023 16h05

O ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) enquanto presidente, tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, preso preventivamente na Operação Venire, da Polícia Federal, nesta quarta-feira (3), é suspeito de fraudar dados de vacinação contra a Covid-19. Coronel Cid, como é conhecido, goza de bom relacionamento com a família do ex-presidente.

Ele é filho do general Mauro Cesar Lourena Cid, que foi colega de farda do capitão Jair Bolsonaro no curso de formação de oficiais do Exército. Mauro Cid era major e teve sua promoção a tenente-coronel em 2022.

Cumprindo sua função de ajudante de ordens, coronel Cid acompanhava o então presidente Bolsonaro na maior parte do tempo. Era ele, inclusive, quem cuidava do telefone celular do ex-mandatário e atendia ligações, além de responder mensagens de texto em nome do político. Cid também ficava à frente de tarefas cotidianas da família, como pagamento de contas, por exemplo.

Durante o governo Bolsonaro, o coronel teve livre acesso ao gabinete presidencial, ao Palácio da Alvorada e até mesmo ao quarto ocupado pelo ex-chefe do Executivo nos hospitais, após cirurgias.

No governo Lula, Cid foi considerado o pivô da demissão do comandante do Exército, general Júlio César de Arruda. Arruda mostrou resistência para exonerar o tenente-coronel Cid, nomeado para chefiar o 1º Batalhão de Ações de Comando do Exército em Goiânia. Então, Arruda foi retirado do cargo após 23 dias de trabalho; o Exército não informou o motivo da sua exoneração.

*Com informações AE

Leia também1 Valdemar defende Bolsonaro: "Não cometeu ilegalidades"
2 Polícia Federal apreende celular de Jair Bolsonaro em operação
3 Seguranças de Bolsonaro estão entre os presos em ação da PF
4 PF prende Mauro Cid e faz buscas na casa de Bolsonaro
5 Bolsonaro depõe na PF e diz que não tentou reaver as joias