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Queiroga: Estado que não seguir plano nacional fica sem vacina

Declaração do ministro foi interpretada como um alerta ao governador João Doria

Pleno.News - 25/08/2021 19h14

Ministro da Saúde Marcelo Queiroga Fotos: MS/Walterson Rosa

Após anunciar que o Brasil começará a aplicação da dose de reforço da vacina contra a Covid-19 a partir do próximo dia 15, o ministro da Saúde Marcelo Queiroga disse que os estados que não respeitarem a soberania do Programa de Imunização Nacional (PNI) correm o risco de ficarem sem vacinas.

– Se cada um quiser criar um regime próprio, o Ministério da Saúde lamentavelmente não terá condições de entregar doses de vacinas – afirmou em coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira (25).

– Temos que nos unir para falar a mesma língua. E não adianta falar na imprensa ou ir na Justiça, porque o juiz não vai assegurar dose que não existe. O que queremos aqui é que nossa campanha siga de maneira equânime. O Brasil é uma só nação, um só povo – frisou Queiroga.

O comentário foi interpretado como um alerta ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que mais cedo anunciou a aplicação da dose de reforço no estado em todos os imunossuprimidos e idosos acima de 60 anos a partir do próximo dia 6. De acordo com a nova recomendação do PNI, a terceira dose só será aplicada a partir do próximo dia 15, nos imunossuprimidos e idosos acima dos 70 anos.

– Vamos seguir juntos. Não adianta um estado vacinar com 18 anos e outro com 30. Não dá pra fazer assim. Se a gente decide aqui que profissionais da saúde, neste momento, não serão contemplados com a dose de reforço, não vale uma demagogia vacinal de estado ‘A’ ou ‘B’ dizer que quer aplicar doses nesses trabalhadores – afirmou.

O ministro frisou que as decisões foram tomadas pela Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) e que a vacina da Pfizer será preferencialmente utilizada para a dose de reforço. Durante a coletiva de imprensa, também estavam presentes representantes do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS) e do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS).

– Essa foi a recomendação que recebi do presidente da República. Fazer política de saúde e não fazer política na saúde. Se seguirmos o que o PNI define, em relação aos rumos da campanha nacional, é a garantia que teremos um sucesso ainda maior que já temos no presente momento – disse o ministro.

Nas últimas semanas, Doria tem protagonizado uma queda de braço com o governo federal pela distribuição de doses da vacina ao estado. A questão chegou a ser levada para a Justiça, em um movimento que foi criticado amplamente por Queiroga.

– A gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) é tripartite e isso não é uma invenção do nosso ministro, vem da Constituição. Se um estado ou município foge desse planejamento, isso vai atrapalhar todos os outros entes da federação – frisou Rosana Leite, secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19.

– Estamos tentando trazer essa união e é através dela que vamos conseguir imunizar toda a nossa população – concluiu.

*AE

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