Queiroga diz que Doria tem direito de ‘judicializar’ a vacina
Governador de São Paulo acusou o governo de "surrupiar" doses do imunizante da Pfizer e disse que irá ao STF
Henrique Gimenes - 05/08/2021 14h43 | atualizado em 05/08/2021 15h55
Nesta quinta-feira (5), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, falou sobre a decisão do governador de São Paulo, João Doria, de acionar a Justiça para que seu estado receba mais doses de vacinas da Pfizer contra a Covid-19. Queiroga disse não concordar com a posição do governador, mas ressaltou que é um direito do político.
Mais cedo, Doria voltou a reclamar do envio, por parte do Ministério da Saúde, de apenas metade das doses da vacina da Pfizer a São Paulo. Ele acusou o governo federal de “surrupiar” o imunizante, chamou a atitude de “reprovável” e disse que irá acionar o Supremo Tribunal Federal (STF).
– O governo do estado de São Paulo entra hoje [5 de agosto] com recurso no Supremo Tribunal Federal para assegurar a vida. É absolutamente indescritível e absolutamente reprovável a atitude do governo federal de surrupiar vacinas de São Paulo sob qualquer alegação – afirmou o governador.
Ao comentar a decisão, Queiroga disse achar questões do tipo deveriam ser resolvidas “no âmbito administrativo”.
– A judicialização é um direito que todos têm, mas nós não defendemos a judicialização como forma de implementação de políticas públicas. Se busca o judiciário para satisfazer essas irresignações, mas eu penso que essas questões devem ser discutidas no âmbito administrativo – ponderou.
Na noite de quarta-feira (4), o Ministério da Saúde confirmou o envio de apenas metade das doses previstas e alegou que a decisão foi tomada devido ao fato de São Paulo ter recebido mais doses da CoronaVac em momentos anteriores.
Leia também1 Lote de vacina faz SP ir à Justiça contra Ministério da Saúde
2 Doria diz que não há necessidade de terceira dose da CoronaVac
3 Queiroga rebate Doria: "São Paulo está sempre reclamando"
4 SP: Doria fala em "boicote" do governo com vacinas da Pfizer
5 SP irá liberar shows e torcida nos estádios a partir de novembro