PT quer cooptar conservadores infiéis para expandir sua base
Comportamento do governador do Rio em relação a Lula desagrada correligionários
Marcos Melo - 08/02/2023 20h56 | atualizado em 09/02/2023 12h46

Buscando expandir sua base de apoio, o Partido dos Trabalhadores (PT) está atuando para cooptar políticos que não tenham linha ideológica rígida, nem valores conservadores bem definidos. É o caso do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL).
A intenção é arrastá-lo para um partido que esteja em alinhamento total ou parcial com o governo federal, de preferência o União Brasil. Interlocutores afirmam que a conversa nesse sentido já está encaminhada.
O deputado federal Washington Quaquá (PT-RJ), coordenador da bancada do Rio na Câmara, disse em entrevista à CNN que está liderando essa articulação. Para aliados de Castro, a saída dele do PL não é algo provável, mas não está descartada a possibilidade.
Para manter bom relacionamento com Lula (PT), o governador do Rio está se distanciando da agenda de direita e caminhando mais ao centro, o que estaria causando descontentamento por membros da legenda. Cláudio Castro atuou de maneira incisiva para eleger Rodrigo Bacellar presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), o que sinaliza um desalinhamento com o PL.
O possível caminho de Castro, o União Brasil no Rio de Janeiro é comandado pelo prefeito de Belford Roxo, Waguinho, marido da ministra do Turismo de Lula, denunciada por inúmeros envolvimentos com milicianos, Daniela Carneiro, que antes era chamada de Daniela do Waguinho.
O vice-governador do Rio, Thiago Pampolha, também pertence ao partido de Waguinho.
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