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PT defende adiar eleição ao BID, para escolha ser do governo Lula

Candidato do Brasil foi indicado pelo ministro Paulo Guedes

Pleno.News - 12/11/2022 09h51 | atualizado em 14/11/2022 16h27

Gleisi Hoffmann em coletiva de imprensa Foto: Reprodução/CNN

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, disse nesta sexta (11), que o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) deveria adiar as eleições para a presidência da instituição, marcadas para o próximo dia 20, para que o governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva pudesse apresentar um novo nome para concorrer à vaga.

– Nós não adiantamos [nenhum nome de candidato], mas eu acharia de bom tom eles adiarem. Nós temos um governo que foi eleito agora. Não tem por que não esperar a posse do governo para poder fazer a indicação – comentou Gleisi, ao ser questionada sobre o assunto.

Reportagem da emissora CNN mostrou que o ex-ministro Guido Mantega, que passou a compor o governo de transição de Lula, enviou uma carta a representantes dos governos americano, chileno e colombiano pedindo para adiar a eleição para a presidência do BID.

O Brasil foi o primeiro a apresentar um candidato oficial à corrida pela liderança do BID. Há cerca de duas semanas, o ministro da Economia, Paulo Guedes, responsável pela indicação, oficializou o nome do então diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) para o Hemisfério Ocidental, Ilan Goldfajn.

O prazo para a apresentação de candidatos terminou nesta sexta (11) às 23h59 pelo horário de Washington DC, ou seja, 1h59 deste sábado (12) no Brasil. Ainda pelo calendário, a sabatina dos indicados está prevista para este domingo (13).

O BID já adiantou que o regulamento da instituição não prevê o adiamento das eleições.

– O Banco Interamericano de Desenvolvimento informa que o regulamento não prevê adiamento do processo. Além disso, reiteramos que qualquer questão relativa à eleição deverá ser abordada pela Assembleia de Governadores do banco – informou a instituição, em nota.

No entanto, o regulamento do BID estabelece um quórum mínimo para que o nome de um candidato seja aprovado. Ou seja, caso os países membros abdiquem de votar ou não cheguem a um consenso, o pleito poderia ser adiado.

Executivos consideram essa possibilidade como “pouco provável”. Depois do desgaste com a última gestão – Mauricio Claver-Carone foi demitido da presidência da instituição após um escândalo ético -, a preferência dos países membros é por resolver logo o assunto.

QUÓRUM
Para ser eleito, o candidato precisa obter a maioria dos votos e ainda o apoio de 15 dos 28 países da região. O Brasil detém 11,3% do poder de veto, igual ao da Argentina. O maior peso, porém, está com os Estados Unidos, que possuem 30%. Por isso, seu apoio é disputado pelos membros. A gestão de Joe Biden já afirmou que vai manter a tradição e não tem interesse em indicar um candidato.

Até o momento, Brasil, Chile e México já apresentaram seus indicados para disputar a presidência do BID. Argentina e Equador também consideram apresentar nomes.

Ao justificar a escolha do nome de Ilan, Guedes afirmou que o candidato conciliava “ampla e bem-sucedida experiência profissional no setor público, em organismos multilaterais e no setor privado, além de sólida formação acadêmica, que o qualificam para o exercício do cargo de presidente da instituição”.

Ilan, de 56 anos, foi presidente do Banco Central durante o governo Temer, entre 2016 e 2019, e chefiou ainda o departamento de economia do Itaú, maior banco da América Latina.

*AE

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