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PT de Lula mira em evangélicos e fará programa de entrevistas

Lista de convidados deverá incluir pastores

Pierre Borges - 17/01/2022 11h53 | atualizado em 17/01/2022 13h11

Ex-presidente Lula Foto: EFE/EPA/Mohammed Badra

O próximo passo do PT, na tentativa de aproximação com o eleitorado evangélico, já está definida: um programa de entrevistas voltado exclusivamente para o segmento religioso. O secretário de Comunicação do partido, o ex-deputado Jilmar Tatto, disse à Folha de S. Paulo que o público é uma “preocupação grande” da sigla.

– Estamos dando uma atenção especial para os evangélicos por ser um setor que estava conosco e foi embora. Agora, estão voltando; então, temos uma preocupação grande em relação a esse segmento – disse Tatto.

Segundo ele, a ideia é entrevistar figuras importantes para o meio evangélico, incluindo pastores, autoridades políticas e professores para conversar sobre temas ligados à área, como diversidade religiosa, costumes e economia. O programa será publicado no canal do partido no YouTube, o PT TV, que já conta com outros programas pensados para públicos específicos, como mulheres e negros.

O PT tem buscado diminuir a rejeição que tem no meio religioso. Embora Lula e Bolsonaro estejam tecnicamente empatados entre os evangélicos na pesquisa mais recente do Ipec (antigo Ibope), divulgada em dezembro (Lula com 34% das intenções de voto e Bolsonaro com 33%), o petista encontra forte resistência em avançar no segmento.

A rejeição entre evangélicos, porém, não é a única motivação para a criação do programa. Como foi publicado pelo Pleno.News, uma pesquisa do Instituto FSB revelou que, no primeiro semestre de 2021, os seis políticos mais influentes nas redes sociais são apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. Aparentemente, os dados preocuparam a presidente do PT, Gleisi Hoffmann.

– A gente ainda tem de andar bastante, por mais que tenhamos melhorado, investido, o pessoal da extrema-direita tem uma rede mais capilarizada do que nós – disse Gleisi à Folha.

O programa para evangélicos terá duração média de meia hora e deve ter seu primeiro vídeo lançado em fevereiro. Dependendo do desemprenho dos programa, o partido poderá aumentar a frequência dos vídeos, além de cortar trechos interessantes das entrevistas para compartilhar nas redes sociais da legenda.

– Queremos começar devagarinho, para ver se tem fôlego. A ideia vai ser fazer de 15 em 15 dias – explicou Tatto.

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