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PT critica “agressão” dos EUA contra a Rússia, mas apaga nota

Em texto publicado em seu site, partido também condenou o ataque russo à Ucrânia e pediu o "imediato cessar das hostilidades"

Pleno.News - 24/02/2022 14h49 | atualizado em 24/02/2022 15h18

bandeira do PT
PT convoca militantes para protesto com “distanciamento” Foto: Delcídio do Amaral

Nesta quinta-feira (24), o Partido dos Trabalhadores (PT) publicou e depois apagou uma nota em seu site oficial falando sobre o ataque da Rússia à Ucrânia. O texto falava sobre a “política de longo prazo dos EUA de agressão à Rússia”, mas também condenava a guerra e pedia o “imediato cessar das hostilidades”.

A invasão ocorreu na madrugada desta quinta-feira (24), após semanas de tensão na fronteira da Rússia com a Ucrânia. O anúncio da “operação militar no leste da Ucrânia” foi feito pelo presidente russo, Vladimir Putin, em um discurso transmitido na televisão. De acordo com ele, o “objetivo é proteger as pessoas que são submetidas a abusos, genocídio de Kiev durante oito anos, e, para isso, buscaremos desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia e levar à Justiça aqueles que cometeram vários crimes sangrentos contra pessoas pacíficas, incluindo cidadãos russos”.

– O PT no Senado condena a política de longo prazo dos EUA de agressão à Rússia e de contínua expansão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em direção às fronteiras russas. Trata-se de política belicosa, que nunca se justificou, dentro dos princípios que regem o Direito Internacional Público – dizia a nota do PT.

No texto que era assinado pelo senador Paulo Rocha, o partido afirmava que a “política imperialista produziu o quadro geopolítico que explica o atual conflito na Ucrânia. Tal conflito, frise-se, é basicamente um conflito entre os EUA e a Rússia. Os EUA não aceitam uma Rússia forte e uma China que tende a superá-los economicamente”.

Apesar disso, a sigla apontou que a “aposta recente da Rússia na guerra, ainda que parcial e com objetivos meramente militares, também agride o Direito Internacional Público e o sistema de segurança coletiva cristalizado na ONU”.

E concluiu:

– Por isso, o PT no Senado lamenta e condena essa aposta temerária na guerra. Considere-se que a definitiva militarização desse conflito é uma ameaça não apenas às partes envolvidas, mas também a todo o mundo, inclusive o Brasil, pois ela envolve potências nucleares. Nesta guerra, todos serão perdedores. O PT no Senado defende o imediato cessar das hostilidades e conclama a todas as partes envolvidas a que voltem à mesa de negociação, com base nos acordos de Minsk.

Ao site Poder 360, o PT informou que decidiu retirar a nota do ar para ela passar por alterações.

Veja imagens do conflito:

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